quarta-feira, 30 de março de 2011

Projeto quer extinguir idade mínima para aplicação do Código Penal

D E C E P Ç Ã O  Depois de demonstrar força e pujança na  luta pelo fim da exploração sexual de  crianças e adolescentes e de obrigar o  g... thumbnail 1 summary
D E C E P Ç Ã O 
Depois de demonstrar força e pujança na luta pelo fim da exploração sexual de crianças e adolescentes e de obrigar o gigante GOOGLE retirar do ORKUT centenas de perfis que continham pornografia infantil, o Senador da República MAGNO MALTA apunhala a infância e juventude brasileira propondo a redução da maioridade penal para 13 anos.


"O país não pode conviver com a violência que convive, que de cada dez assassinatos, oito tem um menor no meio. Menor não, um homem de 17, 15, 16 anos que mata, que estupra, que sequestra, e depois, quando a polícia põe a mão, e ele diz tira a mão de mim, que sou menor e conheço meus direitos". Falou Magno Malta para o Jornal Correio do Estado.

Argumento tosco para alguém que de forma tão eloqüente defendeu os direitos da criança e do adolescente.

Luciano Betiate
Consultor dos Direitos da
Criança e do Adolecente

Brasil indicará Zilda Arns, criadora da Pastoral da Criança, ao Nobel da Paz

Edição do dia 30/03/2011 30/03/2011 08h35 - Atual... thumbnail 1 summary
Edição do dia 30/03/2011
30/03/2011 08h35 - Atualizado em 30/03/2011 08h35

Médica morreu no começo de 2010 num terremoto no Haiti. Indicação ao prêmio recebeu a assinatura de todos os líderes de partidos na Câmara.

Foto:Wilton Júnior/AE 14.09.2004 - R7 Noticias
O nome da fundadora da Pastoral da Criança, doutora Zilda Arns, vai ser indicado pelo Brasil para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz. A decisão foi tomada na última terça-feira (29), por unanimidade, pela Câmara dos Deputados.

Zilda Arns morreu no começo do ano passado em um terremoto no Haiti. A indicação ao prêmio recebeu a assinatura de todos os líderes de partidos na Câmara e foi comunicada ao secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
 

Algumas mentiras sobre a guerra na Líbia

26/03/2011 - 15:00 | Thierry Meyssan | Paris Diz-se que na guerra a primeira vitima é a verdade. As operações militares na Líbia e ... thumbnail 1 summary
26/03/2011 - 15:00 | Thierry Meyssan | Paris


Diz-se que na guerra a primeira vitima é a verdade. As operações militares na Líbia e a resolução 1973 que lhes serve de base jurídica não são a exceção da regra. São apresentadas ao publico como necessárias  para proteger a população civil vitima da repressão indiscriminada do Coronel Kadafi. Na verdade os objetivos são clássicos do imperialismo. Vejamos alguns elementos esclarecedores.

Crimes contra a Humanidade

Para piorar o panorama, a imprensa atlantista nos fez crer que as centenas de milhares de pessoas que fugiam da Líbia estavam tentando escapar de um massacre. Agências de noticias falaram de milhões de mortos e de “crimes contra a Humanidade”. A resolução 1970 denunciou perante a Corte Penal Internacional, possíveis “ataques sistemáticos e generalizados contra a população civil”.

O conflito líbio tem na realidade uma leitura política, e às vezes, uma leitura tribal. Os trabalhadores imigrantes foram as primeiras vitimas do enfrentamento. De repente eles foram obrigados a partir. Os combates entre os partidários de Kadafi e os rebeldes foram certamente sangrentos, mas não nas proporções anunciadas. Nunca houve uma repressão sistemática contra a população civil.

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Apoio à “primavera árabe”

Em seu discurso no Conselho de Segurança, o ministro francês de Relações Exteriores Alain Juppé elogiou a “primavera árabe” em geral e a revolta líbia em particular.

Seu discurso lírico escondia negras intenções. Não disse nem uma palavra sobre a sangrenta repressão no Iemen e no Barein, mas elogiou o rei Mohamed VI do Marrocos como se fosse um dos militantes revolucionários, contribuindo para piorar a imagem desastrosa da França no mundo árabe, graças à presidência de Sarkozy.

Apoio da União Africana e da Liga Árabe

Desde o inicio destes acontecimentos, a França, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos não deixam de afirmar que esta não é uma guerra ocidental, apesar de o Ministro do Interior francês Claude Gueant ter falado em “cruzada” de Nicolas Sarkozy. Os três países mencionados se protegem com o apoio que supostamente teriam recebido da União Africana e da Liga Árabe.

A realidade é que a União Africana condenou a repressão e reconheceu a legitimidade das reivindicações democráticas, mas se declarou em todo momento contra uma intervenção  armada estrangeira. Quanto à Liga Árabe, trata-se de uma organização que reúne principalmente vários regimes  ameaçados por revoluções similares. Estes regimes apoiaram o princípio da contra-revolução ocidental - inclusive alguns estão participando dela no Bahrein - mas não puderam dar-se ao luxo de apoiar uma verdadeira guerra ocidental porque teriam que enfrentar uma aceleração dos movimentos de oposição internos que poderiam derrotá-los.

O reconhecimento do Conselho Nacional Líbio de Transição

Existem três zonas revoltadas na Líbia. Foi constituído um Conselho Nacional de Transição em Bengasi. Fundiu-se com o governo Provisório criado pelo Ministro da Justiça de Kadafi, que se juntou aos rebeldes. Foi esta mesma pessoa, segundo as autoridades búlgaras, que organizou as torturas contra as enfermeiras búlgaras e o medico palestino que o regime manteve preso por longo tempo.

Ao dar seu reconhecimento a este Conselho Nacional Líbio de Transição e ao eximir de toda culpa seu novo presidente, a coalizão de países ocidentais escolhe seus interlocutores e exigem os rebeldes como lideres. Isto lhes permite separar os revolucionários nasseristas, comunistas e khomeinistas.
O objetivo é antecipar os acontecimentos e evitar o que aconteceu na Tunísia e no Egito, quando os ocidentais impuseram ao governo do partido de Ben Ali sem Ben Ali ou um governo  de Suleiman sem Mubarak, governos que os revolucionários derrotaram.

Embargo às armas

Se o objetivo fosse proteger a população, bastaria instaurar um embargo às armas e aos mercenários destinados ao regime de Kadafi. Em vez disto, o embargo se estendeu aos rebeldes para impedir uma possível vitória. O verdadeiro objetivo era deter a revolução.

Zona de exclusão aérea

Se o objetivo fosse proteger a população civil, a zona de exclusão se limitaria aos territórios revoltados (como se fez no Iraque com o Kurdistão). A realidade é que a proibição de voos se estende a todo o país. Desta maneira esta coligação pretende manter o equilíbrio de forças em terra e dividir o país em quatro partes: as três zonas revoltadas e a zona leal.

Esta divisão da Líbia pode comparar-se com a do Sudão e da Costa do Marfim, primeira etapa da “redefinição da África”.

Congelamento de bens

Se o objetivo fosse proteger a população civil, somente se teria ordenado o congelamento dos bens pessoais da família Kadafi e dos dirigentes do regime para impedi-los de violar o embargo de armas. Mas este congelamento se estendeu também aos bens do Estado Líbio. O fato é que a Líbia, por ser um estado rico em petróleo, dispõe de um tesouro considerável, parte do qual esta investido no Banco do Sul, instituição que se dedica ao financiamento de projetos do Terceiro Mundo.

Conforme disse o presidente da Venezuela Hugo Chaves, o congelamento dos bens não protegerá os civis. Seu objetivo é restaurar o monopólio do Banco Mundial e do FMI.

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Coligação de Voluntários

Se o objetivo fosse proteger a população civil, o encarregado de aplicar a resolução 1973 seria a ONU. Em vez disto, as operações militares estão sendo coordenadas atualmente pela US AfriCom e supostamente passarão às mãos da OTAN. É por isto que o ministro turco das Relações Exteriores Ahmet Davutoglu se indignou com a iniciativa francesa e exigiu explicações da OTAN.

De maneira mais direta, o premiê russo Vladimir Putin qualificou a resolução 1973 como “viciada e inadequada. Quem lê, percebe que ela autoriza qualquer um a tomar medidas contra um estado soberano. Tudo isto me lembra uma cruzada medieval” concluiu Putin.

*Thierry Meyssan é jornalista e ativista de direitos humanos.
 

Universidade para Todos abre inscrições para alunos

Bahia Escrito por Liberdade FM    Ter, 29 de Março de 2011 16:15 O Projeto Univ... thumbnail 1 summary
Bahia
Escrito por Liberdade FM   
Ter, 29 de Março de 2011 16:15

O Projeto Universidade para Todos dá início às atividades de 2011. A primeira ação deste ano é abrir inscrições para alunos, que acontece de 28 de março a 6 de abril. A partir das inscrições serão selecionados os alunos que atendam às exigências do Projeto.

UpTEste ano terá uma novidade na inscrição, pois a mesma será feita on line, no site da Secretaria de Educação da Bahia. “Isso irá agilizar o processo de inscrição e também será mais cômodo para os candidatos” afirma Fernanda Keila Ximenes, coordenadora do Projeto na Uesb, lembrando que os candidatos são inteiramente responsáveis pelas informações fornecidas.

O Universidade para Todos é voltado para a inserção de alunos e egressos de escola públicas do Estado da Bahia no ensino superior, por meio da educação voltado para o pré-vestibular. São realizadas duas ações para atender ao público do Projeto: a Ação 1, atende egressos e alunos matriculados na 3ª série do ensino médio regular; e a Ação 2, que é a inserção do ensino pré-vestibular em turmas de 3ª série do ensino médio regular em algumas unidades escolares que aderiram ao Projeto.

Para mais informações, entre em contato com a secretaria do Projeto na Uesb, através do telefone (77) 3425-9339, ou com a Secretaria de Educação da Bahia, no número 0800 285 8000, que funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12 horas e das 13h30 às 18 horas ou pelo email upt@educacao.ba.gov.br .

Fonte: Liberdade FM

terça-feira, 29 de março de 2011

Corpo de José Alencar será velado em BH na quinta, diz governo de MG

29/03/2011 18h21 - Atualizado em 29... thumbnail 1 summary
29/03/2011 18h21 - Atualizado em 29/03/2011 18h36

O corpo do ex-vice-presidente será velado no Palácio da Liberdade.
Alencar morreu nesta terça, em razão de câncer e falência múltipla de órgãos.

Do G1 MG
 
O ex-vice-presidente José Alencar, que morreu
nesta terça-feira (Foto: Agência Estado)
O ex-vice-presidente José Alencar, que morreu nesta terça-feira (Foto: Agência Estado) 


A assessoria do governo de Minas Gerais informou, na tarde desta terça-feira (29), que o velório do corpo do ex-vice-presidente José Alencar será velado nesta quinta-feira (31), no Palácio da Liberdade, uma das sedes do governo mineiro em Belo Horizonte.

O governador do estado, Antonio Anastasia, decretou luto oficial de sete dias em Minas Gerais pelo falecimento do mineiro José Alencar.
 
 
O ex-vice-presidente da República José Alencar, 79 anos, morreu às 14h41 desta terça (29), no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em razão de câncer e falência múltipla de órgãos, segundo informou o hospital.

Após conversar com Josué Alencar, filho do ex-vice, a presidente Dilma Rousseff afirmou em Portugal que o velório será no Palácio do Planalto, aberto à visitação pública e com previsão de início às 10h30 nesta quarta-feira (30).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chorou ao falar sobre a morte do ex-vice.

Primeiro ministro a se manifestar sobre o assunto nesta terça, Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, também se emocionou ao receber a notícia durante uma entrevista (saiba o que disseram outros políticos e personalidades). A morte de Alencar também repercutiu no exterior.

Fonte: G1

Cocaína é comprada com cartão de crédito na beira de estradas do país

Fantástico percorreu 9,7 mil quilômetros, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, dentro de um caminhão. E flagrou imagens de prostit... thumbnail 1 summary
Fantástico percorreu 9,7 mil quilômetros, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, dentro de um caminhão. E flagrou imagens de prostituição, corrupção de policiais e tráfico de drogas.




Durante três semanas, a equipe do Fantástico cruzou o Brasil na boleia de um caminhão! Foram quase dez mil quilômetros, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte. Flagramos de tudo! Barbeiragens terríveis, venda livre de drogas, corrupção policial e saques em caminhões acidentados. A reportagem mostra uma viagem por estradas que são terras de ninguém.

É uma barbeiragem atrás da outra. Os acidentes se multiplicam. Em Minas Gerais, a carga é saqueada na frente da equipe do Fantástico.


Para registrar flagrantes como os mostrados em vídeo, o Fantástico percorreu 9,7 mil quilômetros, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, dentro de um caminhão. Uma das constatações mais graves: drogas são vendidas livremente, na beira da estrada, e em postos de gasolina.

Cocaína tem até no cartão de crédito! O Fantástico revela também as falhas da fiscalização. E o que chegaram a dizer, em reuniões fechadas, duas autoridades que deveriam zelar pela segurança nas estradas. Tem até pedido pra aliviar multas de políticos.

Cocaína paga com cartão

São Paulo é o ponto de partida dessa reportagem especial. Viajamos num caminhão vazio, sem carga. Um produtor do Fantástico simula ser o ajudante do motorista. Outra parte da equipe vai num carro.

Perto do maior terminal de cargas da Grande São Paulo, na rodovia Fernão Dias, em Guarulhos, prostitutas se oferecem no meio da rua em troca de droga.

“Dá um dinheirinho pra gente pegar um pó pra gente acordar de verdade. Vocês não se arrependem, não”, diz uma mulher.

De repente, um homem aparece. Ele não diz quem é. Mas o tom é de ameaça. “Quero saber o que está acontecendo aqui”, afirma . A conversa tem que ser mais discreta. “Policiais estão por perto”, diz ele.

Nossa equipe vai embora logo depois. Em três semanas, passamos por estradas federais de 11 estados.

De São Paulo, fomos até Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, fronteira com Argentina e Uruguai.

De lá, seguimos para o extremo oposto do Brasil - Natal, Rio Grande do Norte. De lá, voltamos para a capital paulista.

Geralmente, quem oferece drogas são os funcionários dos postos de combustíveis.

Em um da BR-101, em Itajaí, Santa Catarina o frentista quer vender cocaína.

Frentista : Quer pó?
Repórter: Tem pó? cocaína, né?
Frentista: É

O frentista diz que, depois do serviço, vai se encontrar com traficantes e que três caminhoneiros já encomendaram. Nosso produtor simula interesse.

Produtor: Tu leva onde eu estou?
Frentista: Onde que você vai estar?
Produtor: Naquele posto mais para trás.
Frentista: É para ali mesmo que eu vou entregar para os caras. Tem 3 me esperando.

O frentista ficou de levar a cocaína para outro posto. A equipe do Fantástico não vai comprar a droga. Só quer saber se ele vai cumprir com o combinado. À meia-noite, o frentista aparece, como havia prometido.

Em Itajaí, fica um dos maiores portos do país - o que explica a grande quantidade de caminhoneiros na região.

Fomos a outro posto de combustível - ainda na BR-101. Não demora muito e a cocaína aparece.

Repórter: Deixa eu ver. De quanto que é esse?
Frentista: R$ 50.
Repórter: R$ 50? Eu vou passar ali, tirar um dinheiro do caixa eletrônico.

Quando já íamos embora, o frentista insiste. É naquele posto de Itajaí onde se vende cocaína no cartão de crédito.

Frentista: Não quer passar aqui no posto? Que cartão que é?

Durante o dia, logo cedo, voltamos ao posto e encontramos o mesmo frentista vendendo cocaína.

Repórter: A qualquer hora do dia que eu venho aqui, eu posso pegar cocaína?
Frentista: Pode. Só chegar aí.
Repórter: Eu posso passar o cartão ali dentro?
Frentista: É. Eu peço pra passar ali.

Prostituição em Uruguaiana (RS)
Chegamos a Uruguaiana, fronteira com a Argentina. Na cidade gaúcha, fica o maior porto seco da América Latina. No imenso terminal de cargas, há caminhoneiros de todo o Brasil.

Quando anoitece, as casas de prostituição lotam. Contamos mais de 50. Há garotas de programa que aparentam ser menores. Mas, quando perguntamos a idade, a resposta é a mesma: 18 anos.

Segundo o Ministério Público, até uma menina de 11 anos já foi encontrada no local fazendo programas. As menores costumam ficar em locais escondidos - diz um caminhoneiro.

Repórter: Eu encontro umas novinhas pra lá? Umas de 15, 16 anos?
Caminhoneiro: Encontra. Lá, no terminal. Só que eles não te conhecem.
Repórter: Não vão apresentar assim?
Caminhoneiro: Ah, não vão, não vão.

Na região, também há muita oferta de droga, como cocaína.

Com cinco anos de profissão, um caminhoneiro tenta largar a cocaína e se internou numa clínica. “Em todo lugar, você acha. Fora a prostituição. Aí, vêm os amigos: ’pô, dá um tirinho pra tu trabalhar mais um dia’. Depois que eu comecei, eu não parei mais”, lamenta.

Há 10 anos, o médico Anthony Wong desenvolve um trabalho de controle de uso de drogas em mais de 200 empresas.“A área de transporte é a área mais crítica. É onde o caminhoneiro está sob stress ou sob intensa pressão”, diz o toxicologista.

O laboratório dele faz mais de três mil testes de urina por mês.

“Do ano passado para cá, nós detectemos que a primeira droga a ser utilizada é justamente a cocaína. A imensa maioria dos acidentes hoje não são mais devido às condições da rodovia; 70% por causa de efeitos de substâncias químicas no cérebro, principalmente uso de drogas”, acrescenta o médico.

Drogas na estrada causam acidentes

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, no ano passado foram 7.798 acidentes envolvendo caminhões nas estradas federais. Média de 21 por dia, quase um por hora. Ao todo, 2.885 pessoas se feriram. E 317 morreram só nos acidentes com caminhões.

Na BR-476, perto de União da Vitória, no Paraná, um acidente acaba de acontecer.
“Eu vinha descendo, aí derrapou na pista, aí segurei no freio e começou a derrapar. Aí, não consegui segurar mais”, afirmou Arlindomar Nunes, caminhoneiro que provocou o acidente.

O caminhoneiro - que tem 25 anos de profissão e não aparentava ter usado drogas - invadiu a pista contrária e bateu de frente numa carreta. Um outro caminhão e um ônibus não conseguiram frear.

O ônibus, com 15 passageiros, tombou. Quinze minutos depois, o resgate chega.

Em três semanas de viagem, a rodovia onde mais flagramos acidentes foi a Fernão Dias, principal ligação entre São Paulo e Minas Gerais.

Perto de Belo Horizonte, há um congestionamento. O resgate segue em alta velocidade. É um acidente com um caminhão. Flagramos o momento exato em que uma carga de sucos é saqueada. As pessoas se arriscam para atravessar a pista.

“São três bombeiros só e essa multidão saqueando. Não tem como fazer nada”, diz o Cabo Vanderlei José de Araújo, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

A Polícia Rodoviária Federal ainda não tinha chegado ao local. O Fantástico teve que deixar o local e alguns saqueadores ameaçaram a nossa equipe.

Anoitece. Prostitutas cercam o nosso caminhão, na BR-381, perto de Ipatinga, em Minas.
Três, que aparentam ser menores, puxam conversa com o nosso produtor que simula ser ajudante de caminhoneiro.

Repórter: Quanto que é o programa?
Prostituta: R$ 10.

Uma das jovens vende pedras de crack por R$ 10 e diz que muitos caminhoneiros compram na no local. Um caminhoneiro diz que já usou cocaína e crack. Agora, se recupera numa clínica.

“Adrenalina alta, vontade de usar mais e chegar no objetivo em pouquíssimo tempo. São Paulo-Rio, numa viagem de seis horas, fazia em 3 horas e 20 minutos. Só parava no posto para comprar mais droga”, assume um caminhoneiro, sem se identificar.

Drogado, ele já provocou um acidente grave. Não houve mortes, mas foi por pouco.

“Eu entrei num pânico, que eu estava sendo perseguido por alguém. Poderia ter matado uma família inocente”, reconhece o motorista.
“Vem um caminhão e o motorista drogado vê duplicidade nesse caminhão. Ele não sabe qual é o caminhão real e o virtual. Além disso, ele vai ter em determinado momento uma alucinação. Ele vai ver um bicho, uma pessoa que não está presente”, diz Dirceu Alves Junior, da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.
Também flagramos a venda de crack na BR-101, perto de Maceió, Alagoas. Ao lado do traficante, várias crianças.

Desde 2008 - em parceria com a Polícia Rodoviária Federal - a faculdade de medicina da USP faz pesquisas sobre uso de drogas por motoristas de caminhão. Nessa pesquisa, feita com caminhoneiros na estrada, a droga mais consumida ainda é a anfetamina - chamada de rebite ou arrebite.

“Elas são estimulantes do sistema nervoso central. A pessoa fica mais alerta. Ela acha que ela pode fazer o que ela quiser no trânsito”, diz a professora Vilma Leiton, da Faculdade de Medicina da USP.


Anfetamina vendida pelo telefone
Durante nossa viagem de quase 10 mil quilômetros, sempre nos ofereceram o mesmo arrebite: o Desobesi, medicamento de venda controlada, inibidor de apetite.

Em um posto, na BR-116, em Campina Grande do Sul, Paraná, a anfetamina é vendida na farmácia, sem receitaFuncionário da farmácia: R$ 25 a cartela.
Repórter: R$ 25? Posso ver? Quantos vêm?
Funcionário da farmácia: 15


Existe até disque-entrega de arrebite. Funciona em um posto da BR-116, na cidade de Poções, Bahia.

Frentista: Eu ligo pra minha mulher mandar o mototáxi trazer.
Repórter: É longe?
Frentista: Não, é rapidinho. Uns 5 minutos já está aqui.
Para o Fantástico tentar flagrar a negociação, a gente simulou que o nosso carro quebrou.
Não demora muito e comprovamos: o disque-arrebite funciona.

Em um posto de gasolina na BR-381, em Campanha, Minas, compra-se anfetamina no Posto Alvorada no cartão de crédito, e sem receita médica. O funcionário ainda faz uma recomendação: “Você toma um. Depois de umas três horas, começa a dar o sono de novo, toma outro”.

“Teve um motorista que tomou tanta anfetamina e viu tanta bruxa no meio da estrada, que a carga dele que era de televisores, quebrou toda”, contou Vilma Leiton, professora da faculdade de Medicina da USP.

“É a lei da sobrevivência. Os horários e as premiações fornecidas pelas empresas que contratam os caminhoneiros estão obrigando eles a recorrer a esses entorpecentes para poder cumprir esses compromissos”, diz o presidente da Federação Nacional de Caminhoneiros Autônomos, Diumar Bueno.

Sobre a jornada de trabalho, os empresários têm uma proposta.

“A empresa séria não está explorando ninguém. O motorista dirige oito horas durante o dia, podendo chegar até dez horas. Ele teria que ter dez horas de descanso intrajornada. E, a cada quatro horas dirigida, ele teria que obrigatoriamente parar 30 minutos para um descanso”, destaca o diretor da Confederação Nacional do Transporte, Flávio Benatti.

No Nordeste, encontramos cenas de miséria. Em Rio Tinto, Paraíba, um lixão é a fonte de renda de crianças e idosos.

Um menino diz que não dá tempo de brigar. Em brejões, Bahia, famílias reclamam da fome. Ana Maria de Jesus, de 88 anos, diz que os motoristas têm ajudado muito.

Mesmo passando por 11 estados, durante três semanas, nosso caminhão foi parado uma única vez. Foi no posto da Polícia Rodoviária Federal da BR-290, a 50 quilômetros de Porto Alegre.

O policial apenas olha o documento. E nem verifica se o caminhão está carregado.

O carro em que viaja parte da nossa equipe também foi parado uma só vez, em um posto da Polícia Rodoviária Estadual, na via costeira, em Natal, Rio Grande do Norte. O PM fala que seremos multados por causa dos vidros escuros. Sem saber que se trata de uma reportagem, o policial pede ao nosso motorista que o acompanhe.

Policial: São de onde?
Repórter: De São Paulo. Eu sou turista.

Dentro do posto, ele pede propina.

Policial: Vou dar um jeito aqui para quebrar seu galho, entendeu?
Repórter: Tá bom.
Policial: Você desenrola ai?
Repórter: Quanto que é o café? R$ 15 tá bom?
Policial: Tá.

O policial coloca o dinheiro no bolso. O Fantástico vai encaminhar a denúncia às autoridades do Rio Grande do Norte.

“Ele vai ter o direito da ampla defesa e do contraditório e no final, será dado o veredito pelo comando da corporação”, disse o comandante geral da PM no Rio Grande do Norte, o Coronel Francisco Araújo.

Cúpula da Polícia Rodoviária comprometida

E como agem alguns dos integrantes da cúpula da Polícia Rodoviária Federal? O Fantástico obteve gravações de duas reuniões.

Uma, com o coordenador geral de operações, Alvarez Simões; e outra, em áudio, com o superintendente do Ceará, Ubiratan Roberto de Paula.

Para cerca de 30 policiais, em 2006, o superintendente do Ceará fala de um deputado federal, que teve o carro apreendido e ficou furioso. Ele não revela o nome do político. “Isso vai repercutir lá dentro do Congresso Nacional”, diz na gravação.

Ubiratan Roberto de Paula pede aos colegas uma tolerância especial antes de multar políticos e empresários, chamados de parceiros.“Um parceiro. O que é isso? Você ter uma tolerância. Eu estou pedindo pra vocês tolerarem uma pessoa inabilitada? Eu não estou pedindo. Mas que vocês usem o bom senso”, afirmou

Procuramos Ubiratan de Paula quarta-feira passada. No mesmo dia, ele pediu demissão do cargo. Alegou motivo de saúde e disse que jamais solicitou a qualquer policial que não aplicasse multa.

Alvarez Simões, do primeiro escalão da Policia Rodoviária Federal. O coordenador geral de operações fala em uma reunião só com policiais, em novembro passado (veja no vídeo).Entre os assuntos, o envio de policiais rodoviários para ajudar no combate a criminosos e na ocupação do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro.

“A gente vive dessa imagem, dessa imagem que, quem é especialista sabe, não resolve. O que resolve é a coisa paulatina, todo dia. Mas, para dar uma resposta para opinião publica, tem que fazer a firula. Então, estamos lá fazendo a firula com todo mundo”, assume.

No dicionário, firula quer dizer rodeio, floreio. Procurado pelo Fantástico, o coordenador geral deu a seguinte explicação.

Alvarez Simões: Firula é um jargão nosso, um jargão interno, que diz respeito a uma atividade diferenciada com maior número de efetivo, que tem como objetivo mostrar uma presença maior. Para que a sociedade sinta essa percepção de estar segura.
Repórter: Não é no sentido pejorativo, então?
Alvarez Simões : De modo algum.

Em nossa viagem, passamos por mais de 70 postos da Polícia Rodoviária Federal. Não vimos ninguém sendo fiscalizado.

Além disso, o Fantástico encontrou três postos em completo abandono. Em um deles, em Terra de Areia, Rio Grande do Sul, a impressão é que as pessoas saíram às pressas, deixando para trás papelada e peças de bafômetros. Aparentemente eram peças novas, abandonadas, jogadas.

“O relato de todos os colegas, Brasil afora, é que a Policia Rodoviária Federal, infelizmente está parada, em virtude da falta de efetivo e a falta de planejamento administrativo”, afirma Tássio Melo da Silveira, presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais.

Em postos de Sergipe, Paraíba e Pernambuco, carros apreendidos - que deveriam ser leiloados - ficam esquecidos nos pátios. Um deles fica em Aracaju.

É impressionante como o mato já tomou conta de todo o local. A direção geral da Polícia Rodoviária Federal não quis gravar entrevista. Escalou para falar o coordenador Alvarez Simões - o mesmo que aparece na gravação falando em firula.

“O efetivo é muito abaixo da demanda. O nosso efetivo hoje gira em torno de nove mil policiais. Qualquer estrada é vulnerável. Os números demonstram essa fiscalização. Diariamente, são mais de 25 mil procedimentos de fiscalização, são mais de 80 toneladas de apreensão de maconha por ano. Mais de 100 toneladas de cocaína”, explica.

A Polícia Rodoviária Federal é subordinada ao Ministério da Justiça. Mostramos para o ministro os flagrantes de venda de drogas e de postos abandonados. Ele também viu as duas gravações obtidas pelo Fantástico.

“A postura que foi aqui vista das autoridades que dirigem este órgão é realmente inaceitável. Abriremos apuração devida através de sindicância e abriremos processos disciplinares para punir autoridades que não se comportam a altura das responsabilidades que a instituição exige”, afirma o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

Durante essa reportagem, encontramos dezenas de maus exemplos. Já o seu Nilton Clemente Mina diz que nunca se envolveu em acidentes nem usou drogas. Está há 28 anos na estrada e o filho dele já decidiu: vai seguir os passos do pai.

Repórter: Qual a primeira dica que o senhor passou pra ele já?
Caminhoneiro Nilton Clemente Mina: primeiro, ter cuidado. Não adianta botar muita pressão demais e ai depois não aguentar. Aí, acontecem os acidentes.

“Nós não temos uma fiscalização adequada, nós não temos um controle de saúde desses indivíduos”, diz Dirceu Rodrigues Alves Junior, da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.

“Droga. Isso é a principal causa de acidentes que está matando os nossos motoristas nas estradas”, destaca o toxicologista Anthony Wong.

Neste domingo a assessoria do ministro da Justiça José Eduardo Cardoso informou que Alvarez Simões, o coordenador de operações da Polícia Rodoviária Federal, foi exonerado. Simões apareceu na reportagem dizendo que o envio de policiais rodoviários para ajudar na ocupação do Morro do Alemão, no Rio, teria sido uma firula. 
Fonte: G1

domingo, 27 de março de 2011

Novo presidente do CONIC afirma que pretende articular as bases para reforçar o ecumenismo no Brasil

Qui, 24 de Março de 2011 16:07 cnbb   O bispo da diocese de Chapecó (SC), dom Manoel João ... thumbnail 1 summary

Dommanoeljoaofrancisco 
O bispo da diocese de Chapecó (SC), dom Manoel João Francisco, foi escolhido, no último dia 12, como novo presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Ele foi eleito durante a 14ª Assembleia Geral do Conselho, que aconteceu no Rio de Janeiro (RJ). Dom Manoel sucederá ao pastor sinodal Carlos Augusto Möller, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), no cargo desde 2006.

Em entrevista à assessoria de imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o novo presidente do CONIC afirmou que o seu maior desafio, à frente do CONIC, será levar até as bases, toda a articulação necessária para um maior crescimento, tanto institucional, quanto ecumênico.

“A minha prioridade como presidente CONIC será priorizar as bases, articulando o trabalho e a vivência ecumênica, que já existem no Brasil, e incentivar mais o desejo ecumênico”, disse dom Manoel João Francisco.

Leia abaixo a íntegra da entrevista de dom Manoel à assessoria de imprensa da CNBB.

Como o senhor acolheu sua escolha para presidir o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, o CONIC?
Eu recebi com alegria e ao mesmo tempo com certa apreensão, pois a CNBB depositou em mim a honra de ser o presidente de uma instituição tão respeitada e digna que é o CONIC, e sei da responsabilidade do organismo em si, mas sei também da responsabilidade de representar a igreja católica neste no CONIC. Confio na Palavra do Pai e sei que Ele vai me guiar, juntamente com a diretoria recém-eleita, para realizarmos um trabalho que possa atender as expectativas tanto da entidade quanto das igrejas-membro.

O que vai representar o seu mandato à frente do CONIC?
O meu mandato vai representar exatamente o desejo de sairmos um pouco das elites. Eu tenho a impressão de que o ecumenismo no Brasil, hoje, está nas elites. Então ele [o ecumenismo] precisa ir para as bases, então vou procurar estar em contato maior com as representações dos Regionais, e a partir das organizações dos Regionais, atingir outras entidades que estão ligadas às outras igrejas, e assim fazer com que o ecumenismo possa crescer e florescer, para que ele não fique apenas como um ecumenismo de cúpula. O ecumenismo no Brasil precisa dar este passo, se articular nas bases.

O senhor acredita que o CONIC tem um papel importante na defesa dos Direitos Humanos e no Diálogo Ecumênico?
Sim, o CONIC tem uma história que sempre foi pautada na defesa dos Direitos Humanos e se engajou em diversas lutas, até mesmo no tempo da Constituinte, dos movimentos de base e de organismos para a defesa dos Direitos Humanos, como a dos povos indígenas, dos quilombolas, das mulheres, e tantas outras bandeiras. Ultimamente se engajou na questão do Projeto de Lei Ficha Limpa, ajudando no recolhimento das assinaturas para enviar ao Congresso Nacional, então o CONIC sempre esteve envolvido na luta dos direitos, e é claro que vai continuar, e no nosso mandato vamos até incentivar mais essa participação e este envolvimento. Em relação ao ecumenismo, o CONIC nasceu com esta intenção, procurou e tem tentado trazer sempre a unidade entre os cristãos. Temos a consciência da necessidade e da importância da unidade dos cristãos, para que, como disse Jesus Cristo, “o mundo creia”. Sabemos que a fé cristã só aumentará no mundo à medida que os cristãos estiverem unidos. E neste sentido o CONIC tem feito um trabalho muito bonito.

Quais são os desafios do ecumenismo hoje?
O maior desafio é o já citado ecumenismo desarticulado nas bases e cada vez mais se articulando apenas nas cúpulas. Então o grande desafio hoje é articular todo esse trabalho e toda essa vivência ecumênica que já existe no Brasil entre os fieis e as várias organizações, que às vezes precisam de um ânimo, de um fôlego novo, com o apoio de uma entidade maior, que é o CONIC.

O seu mandato terá alguma prioridade especial?
A prioridade do meu mandato será, em primeiro lugar, trabalhar unido com toda a diretoria. Nós devemos estar muito bem articulados, muito bem unidos. Em seguida, aí sim, devemos acolher as sugestões que vieram da Assembleia que me elegeu. Lá [Assembleia] foram apresentadas diversas sugestões, então vamos acolher estas sugestões e procurar pô-las em prática. Uma das sugestões é chamar as entidades membro, as nossas representações nos Regionais e nos estados, e através dessas representações, então, chegar às bases. Parece-me que a prioridade será levar às bases  toda uma articulação do trabalho e da vivência ecumênica, que já existe no Brasil, e incentivar mais este trabalho e esta vivência.

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Morre, em São Paulo, uma das fundadoras da Pastoral do Menor

Qui, 24 de Março de 2011 14:50 cnbb Atualizado - Qui, 24 de Março de 2011 15:03 ... thumbnail 1 summary
rutPistori2Morreu, na manhã desta quinta-feira, 24, em São Paulo, a assistente social Ruth Pistori, um das fundadoras da Pastoral do Menor, juntamente dom Dom Luciano Mendes de Almeida e Irmã Maria do Rosário.  Pistori foi internada no hospital São Camilo, na capital paulista, na terça-feira, 22, ao sentir fortes dores no abdômen.

“Nossa querida Ruth Pistori, a Ruthinha, não se sentiu bem na manhã de 22/03 e foi hospitalizada. Submetida a uma cirurgia de urgência, não resistiu e nos deixou esta manhã. Ela tinha pressa de encontrar-se com seu amado Jesus e, sobretudo, não queria dar trabalho a ninguém”, disse, em nota, o coordenador da Pastoral do Menor no Regional Sul 1 da CNBB, padre Ovídio José Alves de Andrade.

O velório será na Casa Santa Teresinha, das Irmãs Salesianas, que fica na Lapa (Rua Linda Lucotti, 39). A missa de exéquias será amanhã, às 9h, seguida do sepultamento do corpo que será no Cemitério São Paulo, no bairro Pinheiros.

Pistori  tinha 79 anos, era assistente social aposentada e leiga consagrada. Fez parte da Comissão de Redação do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Segundo o bispo referencial da Pastoral do Menor, dom Leonardo Miranda, a morte de Pistori deixa a Pastoral de luto e órfã. “Ruth foi a alma da Pastoral do Menor. Seu falecimento deixa um vazio muito grande”, disse.

Dom Leonardo recorda que conheceu Ruth Pistori nas assembléias nacionais da Pastoral do Menor. “Ruth era uma pessoa de extrema simplicidade, profunda espiritualidade e de compromisso com a Pastoral do Menor”, conta. “Toda sua conversa girava em torno da defesa dos direitos da criança e do adolescente. Parece que não tinha outra preocupação a não ser com a criança e o adolescente”.

O bispo lembra, ainda, a paixão de Pistori pelo ECA, que ajudou a escrever. “Estando em sua casa, Ruth me mostrou a mesa em torno da qual, segundo me contou, foi gestado ECA numa reunião de que participaram dom Luciano Mendes, Irmão Mesquita e ela, capitaneados pelo professor Antônio Carlos Gomes da Costa [falecido no início deste mês]”.

Para o coordenador da Pastoral do Menor no Regional Sul 1 da CNBB, Ruth foi uma “uma incansável batalhadora pela criança e o adolescente”. “Em meio a nosso imenso pesar, como não nos alegrarmos por ela? O céu está em festa, com certeza!”, disse o padre.

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