sábado, 30 de abril de 2011

João de Deus

A Irmã Marie Simon-Pierre foi curada de sua doença, o Mal de Parkinson, já e... thumbnail 1 summary
João de Deus


A Irmã Marie Simon-Pierre foi curada de sua doença, o Mal de Parkinson, já em estado adiantado. Esse milagre foi reconhecido e foi atribuído à intercessão de João Paulo II. Paralíticos caminham, doentes são curados. Tudo isso é obra de santos, de pessoas que vivem com Deus. João Paulo II vivia com Deus, atuava com Deus, abraçava a terra com Cristo. 

Durante 27 anos ele foi o representante de Cristo na terra. Escreveu 14 encíclicas e cerca de cem cartas apostólicas, exortações e constituições. Em mais de cem viagens visitou um número superior a 130 países; 400 milhões de pessoas puderam vê-lo; realizou quinhentas canonizações e quase três vezes mais beatificações; reuniu e entusiasmou milhões de jovens; em Manila (Filipinas) celebrou a Santa Missa diante de quatro milhões de pessoas.

Neste domingo (1º de maio de 2011), seis anos após a sua morte, será beatificado, e mais uma vez se reunirão milhões. Um missionário sem limite de fronteiras, sem limite de tempo. Ele escreveu livros, reformou a Igreja, nomeou mais de 200 cardeais, sobreviveu a um atentado - também isso é um milagre, pelo qual ele agradeceu a Nossa Senhora, em Fátima. Com ele veio a queda do comunismo e foi superada a divisão da Europa. Ele reconciliou a Igreja com o judaísmo e a fé com a ciência. Incentivou a reconciliação com a Igreja Ortodoxa, avivou o diálogo inter-religioso, fez surgirem iniciativas de paz, chamou à consciência o valor da família e fez com que fossem ouvidos os direitos humanos em muitas partes do mundo.

João Paulo II escreveu e modelou a história. Ele mesmo, em vida, tornou-se um gigante não só do século XX, mas da própria história. Um homem dos superlativos, que, no entanto, sempre reconduzia tudo àquele a quem ele representava. Um ídolo da mídia nos primeiros anos, um mártir nos anos seguintes, quando ficou claro que ele se empenhava pela verdade sem fazer concessões e com amor.

Sem concessões, cheios de amor, com dimensão histórica - assim eram também os projetos que ele acalentava no coração e que nós, da Ajuda à Igreja que Sofre, também acalentamos no coração. Por exemplo, o Seminário do Espírito Santo, em L’viv (Ucrânia). Ali são formados 250 seminaristas, provenientes não só de toda a Ucrânia, mas também dos países vizinhos. A seleção é feita rigorosamente e já agora os primeiros frutos são visíveis. Ou ainda: o amor desse Papa para com a Mãe de Deus, que encontrou sua expressão em muitas peregrinações, bem como no Ano Mariano, amor que, não por último, assumiu sua expressão perene nos “Mistérios da Luz” do Rosário. Também nisso vocês ajudaram. Nós enviamos para Cuba mais de um milhão de terços, graças à generosidade de vocês. E serão ainda mais, pois a Ajuda à Igreja que Sofre é uma Obra pontifícia: ela segue os passos de Cristo e de seus santos.

Olha por nós, João de Deus!

Por AIS Brasil

O milagre que tornou possível a beatificação de João Paulo II

Sáb, 30 de Abril de 2011 10:45 por: cnbb/rádio vaticano    A cura i... thumbnail 1 summary

joao_pauloIIA cura inexplicável de uma religiosa francesa que sofria de mal de Parkinson abriu o caminho para a beatificação do Papa João Paulo II, morto em 2005 após um longo calvário provocado justamente pelas conseqüências da doença.


A freira francesa, Marie Simon-Pierre, enfermeira de profissão, segundo a Congregação para a Causa dos Santos, curou-se inexplicavelmente depois de orações e pedidos dirigidos a João Paulo II, poucos meses após a morte do pontífice.

Para a beatificação, primeiro passo, no longo caminho até a canonização, é demonstrar que o candidato a santo intercedeu por um milagre.

Coincidência

Marie Simon-Pierre, na época com 40 anos, trabalhava em um hospital de Aix-en-Provence, no sul da França, quando foi diagnosticada em 2001 com Parkinson.

Em 2007, a religiosa decidiu contar à imprensa como havia melhorado "milagrosamente" depois que a doença se agravou, em 2005, ano da morte de João Paulo II.

Após dias de rezas e pedidos de toda a comunidade ao papa polonês, Marie Simon-Pierre conta ter deixado de sentir os sintomas da doença na madrugada entre os dias 2 e 3 de junho.
"Eu me senti completamente transformada. Senti que estava curada", contou.

O caso da freira, que viu João Paulo II uma única vez em 1984, foi submetido à análise da Congregação da Causa dos Santos, que examinou e aprovou o milagre, após consultas junto a um conselho de especialistas médicos e teólogos.

O processo sofreu atrasos porque a congregação vaticana fez questão de considerar qualquer possível objeção, submetendo o caso a vários peritos.

De acordo com Dom Slawomir Oder, encarregado da documentação para a canonização de João Paulo II, a religiosa enferma seguiu o conselho de sua madre superiora, que sugeriu que ela escrevesse em um pedaço de papel o nome de João Paulo II.

Depois de uma "súplica extrema" e ao longo de uma "noite de pregação", Marie Simon-Pierre teria então se curado, segundo Oder, destacando que entre os documentos que comprovam o milagre estão exemplos da caligrafia da religiosa antes e depois da cura misteriosa.
"A mudança na letra é impressionante: de ilegível a normal", afirmou.

Ciência

Para não deixar dúvidas sobre a confiabilidade de seu depoimento, a religiosa se submeteu também a um exame psiquiátrico, contou Oder.

O prelado explicou ter escolhido o milagre da francesa entre outros atribuídos a João Paulo II para demonstrar que o papa sentia na própria pele "a batalha pela dignidade da vida". Em 19 de dezembro de 2009, o Papa Bento XVI aprovou "as virtudes heroicas" de Karol Wojtyla.

O processo de beatificação foi iniciado por Bento XVI dois meses depois da morte de seu predecessor, um prazo excepcionalmente breve.

Durante as dezenas de homenagens fúnebres a João Paulo II na praça de São Pedro, em Roma, milhares de fiéis clamaram pela canonização do pontífice.

Uma vez beatificado, é preciso provar que João Paulo II intercedeu em um segundo milagre para que seja canonizado. (RB/AFP)

Conic quer ampliação do diálogo ecumênico e mais participação social

Por: CNBB   “É preciso evitar as relações simplesmente institucionais... thumbnail 1 summary


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“É preciso evitar as relações simplesmente institucionais e ampliar o exercício do diálogo no cotidiano das comunidades. É preciso ter maior empenho na defesa dos direitos humanos, especialmente das mulheres. Com certeza nossa diretoria, com muito carinho, vai voltar sua atenção para estas sugestões e pedidos”.


As afirmações acima foram ditas pelo novo presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), dom Manoel João Francisco, na celebração ecumênica em ação de graças pelo início dos trabalhos da nova diretoria da entidade, realizada na noite desta quinta-feira, 28, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Brasília.


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A celebração contou com a presença de bispos, pastores, sacerdotes e fiéis das cinco Igrejas-membro do Conic: Igreja Católica Apostólica Romana, representada pelo secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, e pelo presidente do Conic, dom Manoel; Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia e Igreja Presbiteriana Unida.


Ainda em sua fala, dom Francisco ressaltou a importância de um trabalho voltado para os direitos humanos e para a comunhão entre as Igrejas. “Teremos de fazer muitos encaminhamentos e desencadear uma série de atividades no que diz respeito à vivência da comunhão, à cooperação na missão e à espiritualidade ecumênica. Haveremos de nos preocupar também com a promoção dos direitos humanos”, sublinhou.


dommanoelconicO presidente afirmou também que Deus é base e fortaleza do diálogo ecumênico. “Mais do que em diplomacia eclesial, diálogo entre teólogos, envolvimento social e cooperação pastoral, o trabalho ecumênico se alimenta e cresce a partir da graça de Deus, alcançada pela a oração humilde, confiante e perseverante”.


reverendo_luiz_alberto_conic_cel_ecumenicaPara o secretário geral do Conic, reverendo Luiz Alberto Barbosa, que está há cinco anos na função e no segundo mandato, a nova gestão do Conic tem por objetivo dar continuidade ao trabalho de diálogo, trazer a entidade para a vida pública do país e promover o respeito à diversidade religiosa. “Entramos numa fase de continuidade aos trabalhos que o Conic vem desenvolvendo há um bom tempo. Essa gestão tem o desafio de trazer cada vez mais o Conic para a vida pública do país junto ao Governo e à sociedade e também implementar projetos de ecumenismo, de diálogo com as Igrejas e, principalmente, uma marca dessa gestão que se inicia e um pedido da Assembleia Geral que elegeu essa diretoria é que se aprofunde o diálogo com as outras religiões não só entre as Igrejas cristãs, mas no diálogo e respeito com as outras religiões”.


“A celebração ecumênica de hoje é o primeiro passo para a busca da inspiração divina ao enfrentamento dos desafios do quadriênio (2011-2015) de trabalhos do Conic”, segundo o primeiro vice-presidente do Conic, bispo da diocese sul ocidental de Santa Maria (RS), da Igreja Anglicana do Brasil, dom Francisco de Assis da Silva. Ele advertiu ainda que essa gestão deve se esforçar para “aumentar sua presença nas outras regiões do pais onde ainda o ecumenismo não tem força ou mobilização”.


zulmira_conicA nova secretária da diretoria do Conic, Zulmira Inês Lourena Gomes da Costa (Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia), disse que a celebração de hoje representou “o fortalecimento para o testemunho que Jesus pediu que nós déssemos para que fôssemos um”. Juntos, continuou a secretária, “damos testemunho de convivência ecumênica e de diálogo inter-religioso, que podemos caminhar todos juntos porque todos somos filhos de Jesus”.


Diretoria do Conic


A nova diretoria do Conic foi eleita durante a 14ª Assembleia Geral do Conselho, que aconteceu nos dias 11 e 12, de março, no Rio de Janeiro.


Além de dom Manoel, da Igreja Católica Romana (ICAR), foram eleitos, para a 1ª vice-presidência, o bispo dom Francisco de Assis da Silva, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), e para a 2ª vice-presidência, a presbítera Elinete wanderlei Paes Muller, da Igreja Presbiteriana Unida (IPU). A secretária eleita foi Zulmira Inês Lourena Gomes da Costa, da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia (ISOA) e para tesoureiro a Assembleia escolheu o pastor sinodal Altermir Labes, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).


Para o Conselho Fiscal foram eleitos o pastor Marcos Ebeling (IECLB), mons. Pacheco Filho, da Igreja Católica Romana (ICAR) e Fabiano Nunes (IEAB). O mandato da nova diretoria vai até 2015.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Em greve, docentes tem salários cortados

Em entrevista ao programa Resenha Geral nesta quinta-feira (28), o professor Alexandre Galvão, presidente da Associação dos Docent... thumbnail 1 summary
greve-dos-professoresEm entrevista ao programa Resenha Geral nesta quinta-feira (28), o professor Alexandre Galvão, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Adusb), informou que após vinte e um dias de greve geral, os docentes das quatro universidades baianas (Uesb, Uesc, Uneb, e Uefs), tiveram seus salários cortados. 

Os professores informaram que querem a revogação do decreto federal 12583/2011, com retirada da cláusula que impediria qualquer acordo salarial entre professor e Estado por quatro anos. Além disto, a categoria diz que rejeita o corte orçamentário do governo, que segundo eles, abrange desde a compra de materiais até a contratação de novos professores substitutos. O movimento estudantil da região também aderiu à greve, contestando soluções para a estrutura, assistência estudantil e quadro dos docentes.

Fonte: Blog do Anderson

quinta-feira, 28 de abril de 2011

HÁ ESPERANÇA PARA A EDUCAÇÃO NA BAHIA?

 Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva*    É triste dirigir ao estabelecimento educacional da maioria da população baiana e não poder afirm... thumbnail 1 summary

 Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva* 
 
É triste dirigir ao estabelecimento educacional da maioria da população baiana e não poder afirmar: AQUI TEMOS QUALIDADE! AQUI TODOS SÃO RESPEITADOS! AQUI A EDUCAÇÃO É PRIORIDADE!Volta e meia aparece na mídia nacional e local a procura por soluções que todos os educadores vem clamando há décadas. Sendo assim, perguntamos: É possível superarmos o fracasso da educação na Bahia? A resposta atual é sim – através de um Pacto.
Neste sentido, apoiado nas contribuições do Reverendo Herman Hoeksema, traduzido por Felipe Sabino de Araújo Neto em 2007, vamos tentar elucidar o Significado da Palavra Pacto que a Escritura utiliza. A derivação da palavra בּרית (berith) do Antigo Testamento é incerta. Alguns pensam que a palavra é derivada de um termo que significa "cortar." De acordo com essa interpretação, berith está conectado com o costume de cortar os animais do sacrifício pelo meio e colocar as metades umas defronte das outras quando um pacto era concluído, para que as partes pactuais pudessem passar entre os pedaços daqueles animais sacrificiais como um sinal e juramento da fidelidade delas. Quando o Senhor concluiu seu pacto com Abraão, de acordo com Gênesis 15:9-17, ele se adaptou a esse costume.
Creio que a população baiana já não tem onde mais se cortar, o sacrifício chega a beira do caos. Aumenta a violência (assaltos, estupros, assassinatos) os impostos, as promessas, a troca e venda de cargos, a privatização, o desrespeito e desvalorização dos docentes da educação básica e superior etc. Portanto, exigir mais sacrifício é demais.
De acordo com outros, o termo para pacto no Antigo Testamento significa um laço (vínculo) e deve ser derivado de uma palavra que significa "obrigação." O fato é que o termo para pacto, que parece aproximadamente trezentas vezes no Antigo Testamento, tem mais de uma vez o significado de um testamento, e no grego é traduzido pelo termo διαθήκη, uma palavra que tem exatamente esse significado. Hoje, portanto, significa acordo, trato, compromisso, entre pessoas, grupos ou países, combinação, convenção, tratado.
Assim, parece que a palavra de ordem para quem não tem ordem na educação baiana é um Pacto, que visa melhorar a qualidade das escolas públicas estaduais e municipais, em toda a Bahia, por meio de um regime de colaboração com os municípios e a parceria da sociedade (que há muito vem pagando a conta dos resultados catastróficos).
Em pleno século XXI temos que ter como bandeira alfabetizar todas as crianças, jovens e adultos. No entanto, é preciso ressaltar que alfabetizar vai muito além da decodificação de letras, ou seja, do usual aprender a ler e escrever. Precisamos avançar e atingir o letramento.
Continuam a acreditar que as aprendizagens prioritárias deveriam ser (Língua Portuguesa e Matemática), mas, infelizmente, jogamos todo dia no lixo a história, as artes, a cultura, a geografia, as ciências e a educação física que para os mais pobres é resumida em um “profissional” (monitor sem formação) e se confunde com recreação em um espaço qualquer de terra ou cimento batido (nas poucas escolas que existem) e querem assegurar o sucesso no seu percurso educativo!
A fala do governo da Bahia em 2009 era de alerta: “Reverteremos esse quadro com o apoio do governo federal, dos professores e da comunidade”, pois a Bahia tem o pior índice educacional do Brasil e a mais alta taxa de analfabetismo — dois milhões de baianos não sabem ler nem escrever.
Hoje tenta colocar como meta a elevação dos índices de aprovação para 90% nas séries iniciais, 85% nas séries finais do ensino fundamental e 80% nas séries finais do ensino médio. Não são os índices a questão. O problema, não é ser aprovado, é a qualidade desta aprovação, que deve ser revertida em apropriação do conhecimento elaborado e sistematizado pela humanidade, as habilidades, competências e atitudes necessárias a vida social. E isto não se faz com discursos, mas com escolas com estrutura física adequada, materiais pedagógicos, laboratórios, e profissionais da educação respeitados com plano de cargos e salários dignos, formados em nível superior (e não certificados em cursos caça níqueis).
A fotografia, a radiografia da realidade educacional baiana está longe de ser superada apenas pela propaganda, pela realização de eventos de “animação”, chamados “pactos”, pois a realidade esta aí, qualquer cidadão pode constatar, das Piores notas no Brasil cinco estão na Bahia: Apuarema (BA) 0,5 (há dúvidas),Pedro Alexandre (BA) 2,0, Nilo Peçanha (BA) 2,1, Manoel Vitorino (BA) 2,1, Dario Meira (BA) 2,2, Pilão Arcado (BA) 2,2.
Para não dizer que tudo está ruim o governo baiano por intermédio de sua secretaria de educação divulga os dados do (Inep) apontando para o  ensino médio uma superação das médias, a nota prevista para 2009 era 3,1 e registrou 3,3, superando também  a projeção para 2011, que é de 3,2.
No ensino fundamental o resultado de 3,8 nas séries iniciais (1ª a 4ª série) superou a meta do ano passado, que era de 3,1, e atingiu a meta prevista para 2013 (3,8). Nas séries finais (5ª a 8ª série), a meta era 3,0 ultrapassou e marcou 3,1. Vejam que os índices de “superação” foram estrondosos!
O que os municípios deveriam fazer, todos sabem, mas porque não fazem? Deveriam viabilizar a formação em nível superior de todos os professores, responsabilizarem-se pela gestão, ofertar apoio escolar e acompanhamento, avaliar as ações do programas de melhoria da educação no município, a implantação de uma cultura de leitura nas escolas e na cidade. Mas como fazer sem espaços adequados e sem livros?
Um Pacto envolvendo todos pela Educação exige ética, compromisso, respeito, vai além, é claro, da parceria com os municípios que são chamados a pagarem as contas juntamente com professores e a população.
Portanto, devemos superar ações e propagandas utilizando o chapéu alheio. Pactos se iniciam pelo exemplo e a união entre governo, sociedade, comunidades escolares e iniciativa privada no intuito de tornar a escola pública da Bahia um espaço qualificado, requer fazer a autocrítica, avaliar-se, trocar os fundamentos éticos na base de apadrinhados políticos, para a competência técnica e o compromisso social.
Precisamos sim, ampliar o acesso à educação integral (mas não esta que estamos vendo, a utilização de espaços improvisados, a substituição de professores concursados, por monitores sem formação e seleção pública definida), a valorização e formação dos profissionais, o fortalecimento da gestão democrática participativa (escola não é empresa, direção/cargos não devem ser mercadoria, utilizada como moeda de troca e favores) na rede e o desenvolvimento de jovens para o mundo do trabalho e a vida social. 
Conclamo os docentes da educação básica e superior e também a população baiana a continuarem a luta pela: a) Alfabetização e Letramento de todas as crianças, jovens e adultos, denunciando e combatendo o fracasso da política educacional na Bahia expressa no alto índice de analfabetismo; b) Denunciar e combater o sucateamento das escolas que contribuem para repetência e o abandono (expulsão) escolar; c)   Assegurar a alfabetização e a escolaridade aos que não puderam efetuar os estudos para além de programas de certificação conhecidos como TOPA e finalmente demonstrar ao governo da Bahia que não haverá superação do quadro vergonhoso da educação em nosso estado sem a valorização dos profissionais da educação e o fortalecimento de uma gestão democrática e participativa na rede de ensino e o respeito a autonomia das universidades.
* Reginaldo de Souza Silva, Doutor em Educação Brasileira, professor do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da UESB. Email: reginaldoprof@yahoo.com.br


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Charge: Falta de educação
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Pastoral do Menor do Regional Norte 2 realiza oficina para lançar Campanha em Favor das Medidas Socioeducativas

 
Com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a promoção das medidas Socioeducativas, a Pastoral do Menos (PAMEN) da arquidiocese de Belém (PA), realiza, nos dias 27 a 29, oficina para lançar a Campanha em Favor das Medidas Socioeducativas, que acontecerá no auditório do Natanael Farias Leitão, no bairro Campina.

Estarão presentes representantes de diversos órgãos governamentais e não governamentais, entre eles: Ministério Público do Estado (MPE), Juizado da Infância e Juventude e Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca) – Emaús. A campanha pretende fazer com que a população brasileira faça reflexões sobre as medidas Socioeducativas e a redução da idade penal.

Além disso, consta na programação: mesa redonda e palestras com a coordenadora da PAMEN nacional, Marielene Cruz; a promotora do Ministério Público do Estado (MPE), Leane Fiúza; e o coordenador do Programa de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes em Instituições Assistenciais e Judiciais no Estado do Pará (Pró-DCA), do Instituto Universidade Popular (Unipop), Max Costa.

Pastorais da Juventude discutem políticas públicas de juventude no Brasil com Secretaria Nacional de Juventude

  Representantes das Pastorais da Juventude (PJ) se reuniram no dia 15, em Brasília, com a... thumbnail 1 summary
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Representantes das Pastorais da Juventude (PJ) se reuniram no dia 15, em Brasília, com a nova secretária nacional de Juventude do Governo Federal, Severine Macedo. No encontro foram discutidas as perspectivas das políticas públicas de juventude no Brasil.

Participaram militantes da Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude do Meio Popular, Pastoral da Juventude Estudantil e Pastoral da Juventude Rural discutindo os temas centrais da política pública de juventude e apresentando uma plataforma para o trabalho da Secretaria e do Conselho Nacional de Juventude.

Segundo os participantes a reunião foi um primeiro contato com a Secretaria e representa mais um esforço de acompanhar o debate sobre políticas públicas de juventude no Brasil. “Ficamos felizes pela posse da companheira Severine, ex-militante da Pastoral da Juventude, como secretária nacional. Sem dúvida, esta reunião inaugura um novo período no debate das PJs com o governo federal”, afirmou Eric Moura, membro da coordenação nacional da Pastoral da Juventude do Meio Popular.

jovens_secretariajuventudeAlém da apresentação, da estrutura e dos objetivos da Secretaria Nacional de Juventude, nesta nova gestão, Severine ressaltou a importância das Pastorais da Juventude como espaço de formação, de tomada de consciência política, destacando a participação da PJ no Conselho Nacional de Juventude e a Campanha Nacional contra a Violência o Extermínio de Jovens, desenvolvida pelas PJs desde 2009. “As Pastorais da Juventude têm muito a colaborar neste campo das políticas públicas de juventude, por isso, estamos convidando-as para dialogar e trocar experiências”, afirmou a secretária.

Na reunião, as Pastorais da Juventude entregaram um Manifesto referente à violência e ao extermínio de jovens no estado de Goiás pedindo que a SNJ colabore nas investigações e acione a Secretaria Especial de Direitos Humanos e o Ministério da Justiça na perspectiva de resolução para o caso e punição para os responsáveis.

O Manifesto, composto por mais de 360 assinaturas de lideranças dos mais variados campos da sociedade civil e do poder legislativo, defende a vida e os direitos da juventude e exige uma rápida ação para o caso com “medidas rápidas na perspectiva de proteger os que estão ameaçados, e, o mais importante, a adoção de políticas sérias que coíbam a violência e promovam a formação, a fiscalização e a valorização das carreiras da polícia civil e militar.” afirma o manifesto.

Por: CNBB

Três dias de oração pelo papa João Paulo II

  por: CNBB/Rádio Vaticano O Centro São Lourenço, em Roma, convida os jovens a participarem de tr... thumbnail 1 summary
joao_pauloIIO Centro São Lourenço, em Roma, convida os jovens a participarem de três dias de oração pelo papa João Paulo II, que será beatificado no próximo dia 1º de maio. Fundado por João Paulo II, o centro hospeda a cruz original das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), além de ser um lugar de interesse para os cidadãos da capital italiana e peregrinos.

Os três dias de oração têm início nesta quinta-feira, 28, e se concluirão no sábado, 30. Nesses dias será possível se confessar e adorar o santíssimo. O centro fará a projeção, em seis línguas, do documentário intitulado "A força da Cruz", proposto nos três dias de oração.

Além disso, serão celebradas três missas, na quinta, sexta e sábado pela manhã. Está prevista a participação de peregrinos provenientes de várias partes do mundo, com uma forte presença de jovens da Polônia.

Cerca de trinta jovens voluntários de vários países acolherão os peregrinos e vários sacerdotes estarão disponíveis para confissões.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Pastas de direitos humanos, mulheres e negros sofrem com caixa minguado

Alana Rizzo- Correio Braziliense (23/04/2011)   O status de ministério ficou apenas no nome de quem ocupa o cargo. As secretarias especia... thumbnail 1 summary
Alana Rizzo- Correio Braziliense (23/04/2011)
 
O status de ministério ficou apenas no nome de quem ocupa o cargo. As secretarias especiais, criadas no governo Lula para garantir aplicação de recursos em áreas sensíveis, amargam desde 2003 a falta de dinheiro em caixa. Neste ano, as três pastas juntas — Direitos Humanos, Políticas para Mulheres e Igualdade Racial — terão R$ 431 milhões para gastar. O valor é 30% menor que o orçamento, por exemplo, do Ministério da Pesca, órgão com a menor destinação de recursos na lei orçamentária —- R$ 553 milhões — e que passou longe da disputa dos partidos por cargos.

Além de limitados, os orçamentos das secretarias especiais sofrem todos os anos com o contingenciamento. “A liberação dos recursos é toda no fim do ano. O que acontece é que as pastas não conseguem nem gastar. Os programas sociais não param, precisam de dinheiro o ano todo”, destaca a especialista em segurança pública e gênero Eliana Graça, que critica a transparência da aplicação de verba. “Grande parte dos projetos são feitos por prefeituras e organizações não governamentais, sendo que muitos convênios são aprovados sem análise técnica e sem acompanhamento”, destaca a especialista.

No ano passado, dos R$ 239,3 milhões previstos para ações de direitos humanos no país, apenas R$ 191,2 milhões foram pagos. O que significa dizer que o governo investiu menos de R$ 1 por brasileiro nessa área. A pasta é responsável por programas de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, proteção de pessoas ameaçadas, ações de acessibilidade e de defesa dos idosos.

Os cortes no orçamento deste ano também já afetaram as secretarias. A execução nas três pastas está abaixo de 10%, sendo que o pior índice está registrado na Secretaria de Políticas de Igualdade Racial, que gastou menos de 3%. A pasta de Direitos Humanos executou 4% do orçamento previsto para este ano.

Mesmo Dilma Rousseff tendo garantido prioridade para a infância no seu governo, até agora não houve novos investimentos no enfrentamento da violência sexual contra crianças e jovens. Apesar dos R$ 12,3 milhões disponíveis para a ação, menos de 1% está empenhado e nada foi pago. O Programa Nacional de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei (Pró-Sinase) também não teve aporte de recursos. Os dados são de um estudo preparado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) com a série histórica de gastos dessas secretarias, que compõem o orçamento social do governo.

“Há um aumento nos recursos das secretarias em geral por conta da pressão dos movimentos por emendas no Congresso, mas a verba ainda está muito aquém do ideal para os temas. É impossível combater o problema da violência contra a mulher, por exemplo, com R$ 35 milhões. Chega a ser ridículo”, afirma Eliana.

Muito a fazer

A Secretaria Especial da Mulher começou 2003 com R$ 33,8 milhões, quando teve uma execução de R$ 5,6 milhões, e chegou, no ano passado, a R$ 109 milhões, com R$ 96,1 milhões gastos. Além da violência, a secretaria tem, entre as atribuições, a elaboração de políticas públicas de gênero, incluindo ações de incentivo ao empreendedorismo e melhorias nas condições de trabalho.

A Igualdade Racial tem o pior cenário. Dos R$ 94 milhões autorizados no orçamento deste ano, pouco mais de R$ 2,2 milhões foram gastos até agora, sendo que R$ 2,1 milhões são voltados para o pagamento de despesas administrativas. O restante — menos de R$ 100 mil — foi investido no programa Brasil Quilombola e em ações de promoção de políticas afirmativas. O governo passado estabeleceu uma agenda para a assistência das 1.739 comunidades remanescentes de quilombos. O projeto era atender, até o fim do ano passado, essas áreas, localizadas em 330 municípios de 22 estados brasileiros.

“Ainda estamos muito longe de colocar esses temas como prioritários ou dentro de uma política transversal, como prevê a lei. Igualdade Racial, Mulheres e Direitos Humanos não estão, de fato, agregadas ao núcleo duro do governo”, critica Eliana. O Correio entrou em contato com as secretarias e não obteve retorno.

Mais uma

O governo Dilma anunciou a criação de uma estrutura nova: a Secretaria Especial de Aviação civil, ligada à Presidência da República. A pasta, que também tem status de ministério, será responsável por articular políticas para os aeroportos brasileiros. A intenção é reduzir a possibilidade de colapso na aviação civil durante eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. A estrutura atual da Esplanada é composta por 37 ministérios.

Fonte: ANDI

As crianças que ninguém quer

Aurélio Munhoz - Revista Carta Capital (12/04/2011) Esse é o título de um texto que tem circulado, discretamente, pelo grandio... thumbnail 1 summary

Aurélio Munhoz - Revista Carta Capital (12/04/2011)

Esse é o título de um texto que tem circulado, discretamente, pelo grandioso mundo virtual da internet. Aborda um daqueles temas incômodos e constrangedores que a sociedade adoraria ignorar mas que, pela sua extrema relevância, é obrigada a enfrentar: as crianças abandonadas; mais especificamente, as portadores do vírus HIV, uma legião de 19,3 mil meninos e meninas que pouca gente se dispõe a acolher em suas casas.

O caso é tão sério que resultou na criação do Monaci (Movimento Nacional das Crianças Inadotáveis), um grupo de voluntários que têm se dedicado à heróica tarefa de fazer as pessoas entenderem que estes pequenos brasileiros merecem a chance de ter um lar. Acredite, caro leitor: não há nenhum excesso no adjetivo porque um odioso e velado preconceito atua contra estes pequenos cidadãos.

Resulta da costumeira desinformação – quando não da pura maldade – com a qual instrumentalizamos nossos julgamentos sobre as coisas e as pessoas que não conhecemos direito. No caso, crianças que, a despeito do fato de serem soropositivos, podem levar suas vidas normalmente.

Pior é que o problema não é exclusivo delas. Outra multidão de menores amarga uma dura luta contra o tempo à espera de uma família que nunca vem. Mais precisamente, as 8.598 crianças e adolescentes que já passaram pelo Cadastro Nacional de Adoção mas que, por conta da burocracia, legalismo e insensibilidade de parte do Judiciário, ainda prosseguem na sua busca. Agora, o detalhe mais doloroso desta história sem final feliz: do número acima, nada menos que 3.784 crianças (44%) deixaram o CNA porque chegaram à maioridade. Ou seja: foram privados de uma família na infância por força de uma desastrosa conjuntura histórica.
Ainda a este propósito, reportagem publicada pelo jornal Gazeta do Povo, do Paraná, denuncia que o CNA ainda está distante do objetivo que inspirou sua origem, em 2008 – maior rapidez no processo de adoção dos menores que vivem nos abrigos. Nestes três anos, o Cadastro Nacional de Adoção funcionou para apenas 425 crianças, quando a nova lei que trata do tema define que o uso de cadastros de adoção é obrigatório.
Vergonhosamente, o Paraná é um dos Estados nos quais há maior resistência à utilização do CNA. O motivo é o equivocado entendimento de certos juízes de preferir que crianças paranaenses sejam adotadas por pais paranaenses. Na “cidade-modelo” do Brasil, das quase mil crianças que vivem em abrigos, apenas 16 integram o CNA. Em parte, isto explica porque, em Curitiba, as adoções caíram de 160 em 2009 para 123 no ano passado – números que o Monaci, aliás, questiona.

Os números falam mais alto. E nos convidam a refletir sobre a postura da sociedade diante dos portadores do vírus HIV, bem como sobre o compromisso de certos setores do Judiciário com o bem-estar destes frágeis seres humanos – soropositivos ou não, brancos ou negros, meninos ou meninas. Crianças, em uma palavra. Mas que, a julgar pela cegueira de muitos de toga e da ignorância de centenas de milhares de brasileiros, transmitem a falsa impressão de que ninguém quer. Triste que seja assim.

Aurélio Munhoz é jornalista, sociólogo, consultor em Comunicação e presidente da oscip Pense Bicho. Pós-graduado em Sociologia Política e em Gestão da Comunicação, foi repórter, editor e colunista na imprensa do Paraná.

Fonte: ANDI

Brasil fica em último lugar em outro ranking de educação

Veículo(s) Estado de Minas - MG     Em números, a educação continua a preocupar os brasileiros que... thumbnail 1 summary

Veículo(s) Estado de Minas - MG 
 
Em números, a educação continua a preocupar os brasileiros que costumam colocar o futuro do País acima do discurso oficial. Os dados mais recentes são de um levantamento realizado por especialistas a partir de um relatório elaborado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Num ranking de 36 países, o Brasil é simplesmente o último colocado em percentual de pessoas entre 25 e 64 anos com formação acadêmica de nível superior. O levantamento concluiu que, nessa faixa da população, apenas 11% dos brasileiros têm diploma universitário. Para quem pretende ter papel relevante no cenário político internacional, essa proporção é preocupante pois sinaliza dificuldades ante a exigência cada vez maior de base cultural e conhecimento tecnológico até do mais simples operário.
 
Fonte: ANDI

domingo, 24 de abril de 2011

A Bahia de todos os “nós”: os sem diplomas e o nó da Formação dos professores

   Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva*   A Lei que determina as diretrizes e bases da educação brasileira (9394/96) prevê que todo pro... thumbnail 1 summary
 
 Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva*
 
A Lei que determina as diretrizes e bases da educação brasileira (9394/96) prevê que todo professor, para exercer a profissão, deve ter diploma em cursos superiores que formam professores, as licenciaturas. Infelizmente, no Brasil, dado ao atraso histórico instalado de desvalorização da profissão docente, tem aumentado na educação básica o número de pessoas que ocupam a função docente sem a formação superior exigida. Os denominados “sem diploma”, entre 2007 e 2009, segundo o Censo Escolar do Ministério da Educação, somavam, em 2009, 636 mil, o que representava 32% do total de professores do nosso país.
 
Nesse cenário, a Bahia possui um dos quadros mais críticos. Na rede estadual de ensino, por exemplo, 35% do quadro ainda não possui formação superior completa, e nas redes municipais baianas o percentual chega a 76%! Para tentar reverter esse quadro, o governo estadual aderiu ao Plano Nacional de Formação dos Profissionais do Ensino, lançado pelo governo federal em 2009, que pretende, através de ações, em regime de colaboração entre a União, os estados e municípios, organizar ações de formação (inicial e continuada) dos professores no Brasil.
 
Nas mensagens veiculadas pelo governo da Bahia de todos os “nós” em outdoors, nos discursos e propagandas nos meios de comunicação está dito que é possível zerar o número de professores sem formação no estado através das ações empreendidas pela Secretaria da Educação da Bahia. Para tanto, serão oferecidas, através do Plano Nacional de Formação de Professores (PLAFOR), 60 mil vagas de formação inicial para professores. Até o momento, dizem as propagandas, já são 25 mil professores matriculados em várias licenciaturas e outros 35 mil esperam ser incluídos até o final de 2011. A propaganda diz que o PLAFOR baiano contará com o investimento de R$ 400 milhões do governo federal e R$ 84 milhões do estadual, ao longo de seis anos. Para por em marcha tal projeto, as universidades federais, as universidades estaduais e os institutos federais da Bahia foram chamados a contribuir.

Entretanto, como docente da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, o que temos visto é que essa tentativa de qualificar os profissionais da educação através do ensino superior tem enfrentado vários obstáculos. Dentre eles, poderíamos citar: o acúmulo das horas de trabalho com as horas de formação; o difícil deslocamento até os locais de estudo; as dificuldades em permanecer nos cursos; a dualidade entre a formação oferecida através do PLAFOR e a formação oferecida nos cursos regulares; a falta de tempo para amadurecer os conteúdos e as habilidades necessárias a profissão etc. Além disso, alguns municípios, que, no regime de colaboração, deveriam arcar com os custos logísticos (alimentação, hospedagem e transporte dos profissionais de ensino em curso), por vezes, não têm cumprido com suas obrigações e ainda sobrecarregam os professores com a responsabilidade de pagarem com o seu próprio salário os seus substitutos (que na maioria das vezes não tem formação e não passaram por qualquer forma de seleção pública).
 
O resultado é que uma grande parte desses 25 mil professores em formação está desistindo (ou seria melhor dizermos que estão sendo expulsos por falta das condições mínimas de permanência?) dos cursos. Os professores estão evadindo do plano de formação, pois não estão conseguindo arcar com a grande “conta” que lhes tem sido apresentada: a de se transformarem em índices positivos para o governo ao invés de serem considerados como gente, seres humanos responsáveis pela educação de milhares de outros seres humanos e que, para isso, precisam também de formação.
 
Nesse mesmo lado estão também os formadores dos formadores (os professores universitários): Como podem as universidades estaduais garantirem a qualidade da formação oferecida se os recursos destinados para o seu funcionamento foram contingenciados através dos decretos que interferem e violam a autonomia das universidades? Como garantir qualidade, compromisso e respeito se os docentes da educação superior na Bahia não são reconhecidos nem valorizados pelo governo do estado, provocando também um grande êxodo de docentes que se demitiram para ingressar em outras instituições de ensino superior? Sem dúvida, os professores, em todos os níveis de ensino, têm sofrido com as afrontas deflagradas pela atual administração baiana.
 
Resta-nos, então, sugerir a administração pública da Bahia uma atitude pedagógica: que o governo se auto-avalie e que pondere se é possível receber, em uma escala de zero a dez, uma nota maior do que zero. Pois, perguntamos, será ele capaz de desatar os “nós” que ele mesmo criou?
 
Queremos (exigimos) para todos os profissionais da educação na Bahia cursos de qualidade e não apenas a certificação. E, para isso, teremos que falar em universidades que também sejam de qualidade e não meramente distribuidoras de diplomas, sucateadas que estão pelas manobras e ingerências deste governo. Portanto, como responsáveis diretos pela viabilidade da formação dos milhares de professores das redes públicas do estado da Bahia, alertamos ao governo, e a sociedade, de que não será possível desatar os “nós” da qualificação dos professores em nível superior se os “nós” atados pelo governo para as universidades estaduais (contingenciamento de recursos, congelamento de salários dos docentes, desrespeito a autonomia universitária) permanecerem “enforcando” todas as possibilidades de uma formação extensa e de qualidade.
 
Não será possível prever uma educação básica de qualidade se a educação superior, que é responsável pela formação dos milhares de professores, continuar sofrendo os ataques de desmonte desferidos nos últimos anos. A educação da Bahia é uma só! Isto é, a educação básica e a educação superior estão intrinsecamente ligadas e da qualidade (ou dos dados) de uma dependerá a qualidade da outra, traduzindo-se, assim, na educação da Bahia.
 
Se continuarem a desrespeitar os professores da educação básica, a desvalorizar e sucatear as universidades públicas estaduais, só restará atribuirmos ao governo do estado da Bahia, e as suas secretarias que insistem em violar e desrespeitar a autonomia universitária, a nota ZERO, pois o resultado de tais ações serão professores desmotivados, índices vergonhosos de qualidade da educação e um futuro tenebroso no qual os jovens não hão de querer ingressar na carreira docente e os mais velhos continuarão a luta para manter o que resta de dignidade e de qualidade porque têm a certeza de que os governos passam.
 
* Reginaldo de Souza Silva, Doutor em Educação Brasileira, professor do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da UESB. Email: reginaldoprof@yahoo.com.br.

Aleluia! Cristo Ressuscitou!

NO TERCEIRO DIA RESSUSCITOU DOS MORTOS "Anunciamo-vos a Boa  Nova: a promessa, feita a nossos pais, Deus realizou plenamente para nós,... thumbnail 1 summary
NO TERCEIRO DIA RESSUSCITOU DOS MORTOS

"Anunciamo-vos a Boa  Nova: a promessa, feita a nossos pais, Deus realizou plenamente para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus" (At. 13, 32-33). A Ressurreição de Jesus é a verdade culminante de nossa fé em Cristo, crida e vivida como verdade central pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela Tradição estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, pregada juntamente com a Cruz, como parte essencial do Mistério Pascal.

Cristo ressuscitou dos mortos. Por sua morte venceu a morte. Aos mortos deu a vida.

"Por que procurais entre os mortos Aquele que vive? Ele não está aqui; ressuscitou" (Lc. 24, 5-6).

"Só tu, noite feliz" - canta o Exsultet da Páscoa - "soubeste a hora em que Cristo da morte ressurgia." 

A TODOS UMA FELIZ E SANTA PÁSCOA!

Fonte: CIC [638, 640, 647]

Bento XVI: tríduo pascal é momento de graça para cada cristão

por: cnbb/zenit A Igreja celebra, a partir de hoje, o Tríduo Pasca... thumbnail 1 summary


Papa_Bento_XVI_-5A Igreja celebra, a partir de hoje, o Tríduo Pascal, que é a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Na audiência de ontem, 20, o papa Bento XVI exortou os fiéis, reunidos na Praça São Pedro, a participarem do tríduo pascal.

“Eu vos exorto a acolher este mistério de salvação, a participar intensamente do tríduo pascal, cume de todo o ano litúrgico e momento de graça particular para cada cristão; convido-vos a buscar nesses dias o recolhimento e a oração, para poder aproximar-vos mais profundamente desta fonte de graça”, disse o papa.

Leia, abaixo, a íntegra da mensagem do papa.

Queridos irmãos e irmãs:


Já chegamos ao coração da Semana Santa, cumprimento do caminho quaresmal. Amanhã entraremos no tríduo pascal, os três dias santos em que a Igreja comemora o mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus. O Filho de Deus, depois de ter se feito homem em obediência ao Pai, chegando a ser em tudo igual a nós, exceto no pecado (cf. HB 4, 15), aceitou cumprir sua vontade até o final, enfrentar por amor a nós a paixão e a cruz, para tornar-nos partícipes da sua ressurreição, para que n'Ele e por Ele possamos viver para sempre no consolo e na paz. Eu vos exorto, portanto, a acolher este mistério de salvação, a participar intensamente do tríduo pascal, cume de todo o ano litúrgico e momento de graça particular para cada cristão; convido-vos a buscar nesses dias o recolhimento e a oração, para poder aproximar-vos mais profundamente desta fonte de graça. A propósito disso, diante das iminentes festividades, cada cristão é convidado a celebrar o sacramento da Reconciliação, momento especial de adesão à morte e ressurreição de Cristo, para poder participar com maior fruto da Santa Páscoa.

A Quinta-Feira Santa é o dia em que se faz memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. Pela manhã, cada comunidade diocesana, reunida na igreja catedral ao redor do bispo, celebra a Missa crismal, na qual são abençoados o santo crisma, o óleo dos catecúmenos e o óleo dos enfermos. A partir do tríduo pascal e durante todo o ano litúrgico, estes óleos serão utilizados para os sacramentos do Batismo, da Confirmação, das Ordenações sacerdotais e episcopais e da Unção dos Enfermos; nisso se manifesta como a salvação, transmitida pelos sinais sacramentais, brota precisamente do mistério pascal de Cristo; de fato, somos redimidos com sua morte e ressurreição e, mediante os sacramentos, temos acesso a essa fonte salvífica. Durante a Missa crismal, amanhã, acontece a renovação das promessas sacerdotais. No mundo inteiro, cada sacerdote renova os compromissos que assumiu no dia da sua ordenação, para ser totalmente consagrado a Cristo no exercício do sagrado ministério ao serviço dos irmãos. Acompanhemos nossos sacerdotes com a nossa oração.

Na tarde da Sexta-Feira Santa, começa efetivamente o tríduo pascal, com a memória da Última Ceia, na qual Jesus instituiu o memorial da sua Páscoa, dando cumprimento ao rito pascal judaico. Segundo a tradição, toda família judaica, reunida à mesa na festa da Páscoa, come o cordeiro assado, fazendo memória da libertação dos israelitas da escravidão do Egito; assim, no cenáculo, consciente da sua morte iminente, Jesus, verdadeiro Cordeiro pascal, oferece a si mesmo pela nossa salvação (cf. 1 Cor 5, 7). Pronunciando a bênção sobre o pão e o vinho, Ele antecipa o sacrifício da cruz e manifesta a intenção de perpetuar sua presença no meio dos seus discípulos: sob as espécies do pão e do vinho, Ele se faz presente de modo real, com seu corpo entregue e com seu sangue derramado. Durante a Última Ceia, os apóstolos são constituídos ministros desse sacramento de salvação; Jesus lava seus pés (cf. Jo 13, 1-25), convidando-os a amar-se uns aos outros como Ele os amou, dando a vida por eles. Repetindo este gesto na liturgia, também nós somos chamados a dar testemunho do nosso Redentor com nossos atos.

A Quinta-Feira Santa, finalmente, termina com a adoração eucarística, em recordação da agonia do Senhor no horto de Getsêmani. Deixando o cenáculo, Ele se retirou para rezar, sozinho, na presença do Pai. Nesse momento de comunhão profunda, os Evangelhos narram que Jesus experimentou uma grande angústia, um sofrimento tal, que o fez suar sangue (cf. Mt 26, 38). Consciente da sua iminente morte na cruz, Ele sente uma grande angústia e a proximidade da morte. Nesta situação, aparece também um elemento de grande importância para toda a Igreja. Jesus diz aos seus: ficai aqui e vigiai; e este apelo à vigilância se refere de modo preciso a este momento de angústia, de ameaça, no qual chegará o traidor, mas concerne também a toda a história da Igreja.

É uma mensagem permanente para todos os tempos, porque a sonolência dos discípulos não era só o problema daquele momento, mas o grande problema de toda a história. A questão é em que consiste essa sonolência dos discípulos, em que consistiria a vigilância à qual o Senhor nos convida. Eu diria que a sonolência dos discípulos ao longo da história é uma certa insensibilidade da alma com relação ao poder do mal, uma insensibilidade no que diz respeito a todo o mal no mundo. Nós não queremos nos deixar turbar demais por essas coisas, queremos esquecê-las: pensamos que talvez não sejam tão graves e as esquecemos. E não é somente a insensibilidade em relação ao mal, enquanto deveríamos velar para fazer o bem, para lutar pela força do bem. É insensibilidade no que se refere a Deus: esta é a nossa verdadeira sonolência; esta insensibilidade diante da presença de Deus que nos torna insensíveis também diante do mal. Não escutamos Deus - isso nos incomodaria - e assim não escutamos, naturalmente, tampouco a força do mal, e permanecemos no caminho da nossa comodidade. A adoração noturna da Quinta-Feira Santa, o estar vigilantes com o Senhor, deveria ser precisamente o momento de fazer-nos refletir sobre a sonolência dos discípulos, dos defensores de Jesus, dos apóstolos, de nós, que não vemos, não queremos ver toda a força do mal, não queremos entrar em sua paixão pelo bem, pela presença de Deus no mundo, pelo amor ao próximo e a Deus.

Depois, o Senhor começa a rezar. Os três apóstolos - Pedro, Tiago, João - dormem, mas de repente acordam e escutam o refrão desta oração do Senhor: "Não se faça a minha vontade, mas a tua". O que é essa vontade "minha" e o que é essa vontade "tua", das quais fala o Senhor? A "minha" vontade é que "não deveria morrer", que se afaste dele esse cálice do sofrimento: é a vontade humana, da natureza humana, e Cristo sente, com toda a consciência do seu ser, a vida, o abismo da morte, o terror do nada, essa ameaça do sofrimento. E Ele mais que nós, que temos essa aversão natural à morte, esse medo natural da morte; ainda mais que nós, Ele sente o abismo do mal. Ele sente, com a morte, também todo o sofrimento da humanidade. Sente que tudo isso é o cálice que ele tem de beber, que deve fazer-se beber a si mesmo, aceitar o mal do mundo, tudo o que é terrível, a aversão a Deus, todo o pecado. E podemos compreender que Jesus, com a sua alma humana, estivesse aterrorizado diante desta realidade, que percebe em toda a sua crueldade: "minha" vontade seria não beber o cálice, mas a "minha" vontade está subordinada à "tua" vontade, à vontade de Deus, à vontade do Pai, que é também a verdadeira vontade do Filho. Assim, Jesus transforma, nesta oração, a aversão natural, a aversão ao cálice, à sua missão de morrer por nós. Transforma esta vontade natural sua em vontade de Deus, em um "sim" à vontade de Deus. O homem, por si mesmo, está tentado a opor-se à vontade de Deus, de ter a intenção de seguir sua própria vontade, de sentir-se livre somente se for autônomo; opõe sua própria autonomia à heteronomia de seguir a vontade de Deus.

Este é todo o drama da humanidade. Mas, na verdade, esta autonomia é errônea e este entrar na vontade de Deus não é uma oposição à pessoa, não é uma escravidão que violenta a minha vontade, mas é entrar na verdade e no amor, no bem. E Jesus atrai a nossa vontade, que se opõe à vontade de Deus, que busca a autonomia, atrai essa vontade ao alto, à vontade de Deus. Este é o drama da nossa redenção, que Jesus atrai ao alto a nossa vontade, toda a nossa aversão à vontade de Deus e nossa aversão à morte e ao pecado, e a une à vontade do Pai: "Não se faça a ‘minha' vontade, mas a ‘tua'". Nesta transformação do "não" em "sim", nesta inserção da vontade da criatura na vontade do Pai, Ele transforma a humanidade e nos redime. E nos convida a entrar nesse seu movimento: sair do nosso "não" e entrar no "sim" do Filho. Minha vontade existe, mas a decisiva é a vontade do Pai, porque esta é a verdade e o amor.

Outro elemento desta oração me parece importante. As três testemunhas conservaram - como aparece na Sagrada Escritura - a palavra hebraica ou aramaica com a qual o Senhor falou ao Pai, chamando-o de "Abbà", pai. Mas esta fórmula, "Abbà", é uma forma familiar do termo pai, uma forma usada somente na família, que nunca tinha sido usada para referir-se a Deus. Aqui vemos, na intimidade de Jesus, como Ele fala em família, fala verdadeiramente como Filho com seu Pai. Vemos o mistério trinitário: o Filho que fala com o Pai e redime a humanidade.

Mais uma observação. A Carta aos Hebreus nos dá uma profunda interpretação desta oração do Senhor, deste drama do Getsêmani. Diz que estas lágrimas de Jesus, esta oração, estes gritos de Jesus, esta angústia, tudo isso não é simplesmente uma concessão à fraqueza da carne, como poderia ser dito. Precisamente assim, Ele realiza a tarefa do Sumo Sacerdote, porque o Sumo Sacerdote deve levar o ser humano, com todos os seus problemas e sofrimentos, à altura de Deus. E a Carta aos Hebreus diz: com todos estes gritos, lágrimas, sofrimentos, orações, o Senhor levou nossa realidade a Deus (cf. Hb 5, 7ss). E usa esta palavra grega, "prosferein", que é o termo técnico para o que o Sumo Sacerdote tem de fazer para oferecer, para elevar suas mãos ao alto.

Precisamente neste drama do Getsêmani, no qual parece que a força de Deus já não está presente, Jesus realiza a função do Sumo Sacerdote. E diz, além disso, que neste ato de obediência, isto é, de conformação da vontade natural humana com a vontade de Deus, aperfeiçoa-se como sacerdote. E usa novamente a palavra técnica para ordenar sacerdote. Precisamente assim, converte-se no Sumo Sacerdote da humanidade e abre o céu e a porta da ressurreição.

Se refletirmos sobre este drama do Getsêmani, poderemos ver também o grande contraste entre Jesus, com sua angústia, com seu sofrimento, em comparação com o grande filósofo Sócrates, que permanece pacífico, imperturbável diante da morte. E isso parece o ideal. Podemos admirar este filósofo, mas a missão de Jesus era outra. Sua missão não era esta total indiferença e liberdade; sua missão era levar em si mesmo todo o sofrimento, todo o drama humano. E por isso precisamente, esta humilhação do Getsêmani é essencial para a missão do Homem-Deus. Ele leva consigo o nosso sofrimento, nossa pobreza, e os transforma segundo a vontade de Deus. E assim abre as portas do céu, abre o céu: esta cortina do Santíssimo, que até agora o homem fechava contra Deus, é aberta pelo seu sofrimento e pela sua obediência. Estas são algumas observações para a Quinta-Feira Santa, para a nossa celebração da Quinta-Feira Santa.

Na Sexta-Feira Santa, faremos memória da paixão e da morte do Senhor; adoraremos Cristo crucificado, participaremos dos seus sofrimentos com a penitência e o jejum. Dirigindo o olhar Àquele que foi transpassado (cf. Jo 19, 37), poderemos beber do seu coração partido, que mana sangue e água, como de uma fonte; desse coração do qual brota o amor de Deus por cada homem, recebemos o seu Espírito.

Acompanhemos, portanto, também na Sexta-Feira Santa, esse Jesus que sobe até o Calvário; deixemo-nos guiar por Ele até a cruz; recebamos a oferta do seu corpo imaculado. Finalmente, na noite do Sábado Santo, celebraremos a solene Vigília Pascal, na qual nos será anunciada a ressurreição de Cristo, sua vitória definitiva sobre a morte, que nos convida a ser homens novos. Participando desta santa vigília, a noite central de todo o ano litúrgico, faremos memória do nosso Batismo, no qual também nós fomos sepultados com Cristo, para poder, com Ele, ressuscitar e participar do banquete do céu (cf. Ap 19, 7-9).

Queridos amigos, tentamos compreender o estado emocional com o qual Jesus viveu o momento da prova extrema, para captar o que orientava o seu agir. O critério que guiou cada escolha de Jesus durante toda a sua vida foi a firme vontade de amar o Pai, de ser um com o Pai, de ser-lhe fiel; esta decisão de corresponder ao seu amor o impulsionou a abraçar, em toda circunstância, o projeto do Pai, a fazer seu o desígnio de amor que lhe foi confiado de recapitular todas as coisas n'Ele, para reconduzir tudo a Ele. Ao reviver o santo tríduo, disponhamo-nos a acolher, também nós, em nossa vida, a vontade de Deus, conscientes de que, na vontade de Deus, ainda que pareça dura, em contraste com as nossas intenções, encontra-se o nosso verdadeiro bem, o caminho da vida. Que a Virgem Mãe nos guie neste itinerário e nos alcance do seu Filho divino a graça de poder empregar a nossa vida, por amor a Jesus, ao serviço dos irmãos. Obrigado.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vacinação contra rotavírus diminui mortalidade infantil

Veículo(s) Folha de S. Paulo - SP A vacinação contra o rotavírus reduziu o número de mortes e internaçõ... thumbnail 1 summary
Veículo(s) Folha de S. Paulo - SP

A vacinação contra o rotavírus reduziu o número de mortes e internações de crianças por diarreia no Brasil. O dado é de um estudo publicado ontem no periódico médico PLoS Medicine

Segundo a pesquisa, a campanha nacional de vacinação contra o vírus, implantada pelo Ministério da Saúde em 2006, reduziu em 22% as mortes por diarreia em crianças de até 5 anos. Também houve queda de 17% nas internações causadas pela doença no País. As informações foram levantadas por técnicos da Secretaria de Vigilância em Saúde, ligada ao ministério, e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, dos EUA. Foram comparados dados de mortes e internações de 2002 a 2005, antes da vacinação, às taxas de 2007 a 2009.

Nesse período, segundo o estudo, 1.500 mortes e 130 mil internações foram evitadas.

Fonte: Portal ANDI

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual disponibiliza o texto e a logomarca da campanha do "18 de maio"

Fonte: ANDI     Para iniciar a mobilização para o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Ado... thumbnail 1 summary
Fonte: ANDI 
 Para iniciar a mobilização para o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, 18 de maio, o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual disponibiliza o texto base e a logo da campanha Faça Bonito. Proteja nossas crianças e adolescentes.

Dessa forma, o Comitê deseja fortalecer o símbolo da Flor que tornou-se, desde o ano passado, o símbolo do enfrentamento à violência sexual infanto-juvenil. O Comitê convoca toda sociedade a assumir a responsabilidade de proteger a infância e a adolescência no Brasil.

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Prostituição, escravidão e morte marcam brasileiras vítimas do tráfico de pessoas

Publicado em abril 20, 2011 por HC Tags: sociedade , trabalho escravo Infográfico no Correio Brazi... thumbnail 1 summary
Publicado em abril 20, 2011 por HC


Prostituição, escravidão e morte marcam brasileiras vítimas do 
tráfico de pessoas
Infográfico no Correio Braziliense

Cerca de 30% dos assassinatos de brasileiros fora do país estão relacionados ao tráfico de pessoas, orquestrado basicamente por organizações vinculadas à prostituição. Em vários casos, há a simulação de suicídio

O convite chegou por uma amiga. Viver no exterior, ganhar em euros, mudar de vida… Quem sabe até se casar. Toparam Fátima, Socorro, Verônica, Iulsa e milhares de brasileiras recrutadas anualmente pelas máfias especializadas em tráfico de pessoas. Não há uma estimativa do número de mulheres levadas ao exterior para fins de exploração sexual. O que se sabe é que as organizações estão cada vez mais violentas. E fazendo cada vez mais vítimas. Reportagem de Alana Rizzo, no Correio Braziliense.

Vinte brasileiras estão desaparecidas em países europeus. A principal suspeita é de que tenham sido assassinadas pelos grupos organizados. O paradeiro delas é totalmente desconhecido há pelo menos quatro anos. Diversas tentativas de localização, inclusive das polícias brasileiras e internacionais, foram feitas sem sucesso.

Em média, 30% das mortes de brasileiros no exterior estão relacionadas ao tráfico de pessoas. A maioria das vítimas são mulheres que, fora do país, trabalham como prostitutas. Têm entre 18 e 35 anos e não passaram do ensino fundamental. São de famílias de baixa renda e já desembarcam endividadas com os patrões. Precisam se submeter a uma rotina exaustiva de violência sexual e psicológica para pagar a viagem, a hospedagem e a alimentação.

“As investigações mostram que as quadrilhas estão se aprimorando. Algumas mulheres não aguentam a escravidão a que são submetidas. Tentam fugir e são mortas. Outras são assassinadas como uma espécie de queima de arquivo mesmo. Sabem como funcionam aquela rede e estão dispostas a denunciar”, explica o assessor de Relações Internacionais do estado de Goiás, Elie Chidiac, estado de origem das vítimas e da maioria das mulheres traficadas no país.

Para despistar, as organizações criminosas tentam maquiar os crimes levantando hipóteses de suicídio e de assassinato cometido por companheiros das vítimas. Isso ocorreu no início do ano com Magda Silva, morta no interior de São Paulo, e com uma goiana encontrada sem vida em Portugal há duas semanas. A família, que preferiu não se identificar, não acredita que a mulher de 35 anos e mãe de dois filhos no Brasil tenha se enforcado.

No ano passado, quatro brasileiras foram mortas no exterior. Uma delas, Veronica Crosati, foi esfaqueada dentro de casa na Itália. A garota de programa já tinha procurado organizações não governamentais que prestam assistência às mulheres vítimas da prostituição no exterior. Depois de anos de escravidão, queria denunciar seus algozes.

Monitoradas
No Brasil, os aliciadores, além de identificarem o potencial das mulheres, têm entre suas atribuições o monitoramento das garotas que retornam ao país. Letícia Peres Mourão saiu de Goiás rumo à Espanha. Dividiu oito anos em pelo menos três cidades — Barcelona, Vilanova y La Geltrú e Tarragona. Ela denunciou o horror enfrentado nos bordéis e voltou ao Brasil em dezembro de 2008. Mudou-se para o Guará (DF), onde foi assassinada. Ficou comprovado nas investigações que o crime ocorreu a mando de uma organização criminosa dona de seis prostíbulos na Espanha.

Apesar do número de brasileiras vivendo em outros países, a Secretaria de Políticas para Mulheres não mantém canal de denúncia ou mesmo um programa de atendimento a esse público. Segundo o órgão, o Ministério das Relações Exteriores é responsável pelas brasileiras no exterior, inclusive pelos casos de morte ou desaparecimento. No ano passado, a Polícia Federal abriu 76 inquéritos para investigar o tráfico de pessoas no Brasil.

EcoDebate, 20/04/2011
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