terça-feira, 14 de junho de 2011

Confira o Sermão de Pe. Estevam na Chegada das Bandeiras

Escrito por Liberdade FM    Ter, 14 de Junho de 2011 12:49 Confira abaixo o Sermão proclamado por Padre Estevam e... thumbnail 1 summary
Escrito por Liberdade FM   
Ter, 14 de Junho de 2011 12:49
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Confira abaixo o Sermão proclamado por Padre Estevam em homilia durante a Chegada das Bandeiras na sexta-feira (10) na íntegra.

Caros irmãos,

Existe bênção maior que a vida, que o ar que respiramos? Quem aqui pode acrescentar um segundo a mais na sua existência ou pode, com certeza, precisar o dia da sua morte?  Então, que bênção estarmos aqui hoje mais uma vez, nas escadarias desta matriz contemplando esta paisagem tão familiar: A Chegada da Bandeira!

O fato de estarmos vivos e com saúde já é motivo de ação de graças ao Divino Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.  É um fato de pararmos um pouco, nos lembrando de nossos antepassados e agradecer a Deus pela nossa existência.

Este ano refletimos durante as novenas sobre Maria no Coração da Igreja.  Creio que a maioria absoluta dos que estão aqui nesta manhã, tem Maria, a mãe de Jesus Cristo bem dentro do coração.   Desde criança aprendi a gostar da mãe de Jesus, afinal, alguém que foi escolhida para ser a mãe do salvador, só tem que merecer por parte de cada um de nós um lugar especial e privilegiado dentro de nossa história.

Há exatamente 11 anos, 11 festas, 11 Chegadas da Bandeira, tenho tido o prazer de aqui colocar-me como anfitrião deste momento tão singelo.  Este ano, quero pedir a Virgem Maria, de maneira especial por nossa juventude.

Em um mundo globalizado, isto é, o que é bom podemos só ver pela televisão, mas o que é ruim está em toda parte, corremos o risco em termos uma visão pessimista das coisas, talvez para nos justificarmos e nos acomodarmos, por exemplo, o desemprego.

Sobretudo os políticos sem encontrar ou buscar soluções para a grave crise do desemprego justificam-se dizendo que o problema está em todo o Brasil e por isso não tem o que fazer.

Drogas, violência, extermínio da juventude, não são poucos os que dizem que não tem mais jeito e que nada pode ser diferente. Mas, se fazem, fazem pouco para mudar isso.

Aqui recordamos os dois mais novos beatos da Igreja: João Paulo II e Ir. Dulce.  João Paulo II, papa da certeza. Enquanto o mundo seguia o caminho do relativismo (relaxamento moral) Ele, João Paulo, não cansou de mostrar o caminho correto e chamar atenção dos países ricos para a sua parcela e divida social para com os países pobres.  Ir. Dulce, enquanto muitos não queriam se misturar com os pobres, ela abriu a sua vida para os doentes e desamparados.  Conta-se que a Irmã Dulce abriu a mão para pedir a um rico ajuda para seus pobres e o mesmo cuspiu na sua mão. Ela colocou aquela mão no bolso dizendo: “isso foi para mim, mas agora eu lhe peço na outra para meus pobres....”  Podemos perguntar quem soube melhor viver? Aqueles que só pensam nos seus bens ou aqueles que preocupados com os outros pensam em bens eternos?

Desta forma, ao recebermos esta bandeira, precisamos recordar as palavras do saudoso Pe. Benedito Soares que por aqui passou e, contemplando as cidades dizia: GRITEM PARA TODA CIDADE ADORMECIDA O AMOR PRECISA RETORNAR. Precisamos acordar para a prática da bondade, para pratica da justiça e do bem.

Precisamos amados irmãos, termos bom senso, nos perguntar a cada dia, como estamos carregando a bandeira do Divino em nossa vida.  Se somos capazes de fazer a diferença, isto é: de deixarmos sementes boas, de fazermos tudo o que está  ao nosso alcance para melhoramos nosso mundo, ou se acomodados, só pensamos em nós mesmos.  Neste sentido lembremos de Maria, sempre pensando no Filho, sempre pensando em nós.

Não posso perder a oportunidade de falar de maneira especial aos políticos aqui presentes.  São raras as vezes que vocês aparecem na Igreja, que param para ouvir a Palavra, por não terem tempo ou por que a Palavra questiona. Quero repetir o que o Papa João Paulo e Bento XVI disseram no dia do início do Pontificado aos Líderes do mundo todo:
“Não tenham medo de abrir as portas do coração para Cristo. Não tenham medo que Ele entre, pois é verdade, Ele vai mudar tudo, jogará o que não presta fora, mas, certamente deixará o que é necessário. Retirará a cobiça, o ciúme, a ganância, deixará a ética, a liberdade, o senso de justiça. Por isso não tenham medo. Analisem vossas vidas, vejam o que está realmente valendo a pena, recordem a brevidade de nossas vidas, não percam tempo com o supérfluo, façam o que podem  enquanto é tempo, não se deixem dominar pelo espírito do mal. O coração de vocês certamente tem tantas moções boas. Apeguem-se a Maria Santíssima, pois ela está  sabemos disso, no coração de vocês também e os tem no seu materno coração”.

Como muitos sabem fui nomeado Pároco de uma paróquia lá em Conquista, desta maneira após 11 anos estou me despedindo até o final deste ano desta paróquia, isto quer dizer que no próximo ano, não estarei aqui como pároco, no máximo como visitante, mas,  jamais a Bandeira do Divino deixará de ser além de um belíssimo momento cultural, um chamado a todos para uma conversão.

A estrada que liga Poções – Bom Jesus da Serra e Caetanos, o governador Jaques Wagner prometeu aqui, peço aos políticos e ao povo que não canse de cobrar.

Nossa festa de largo. Ficamos sabendo que pelo laudo do corpo de bombeiros a justiça interditou o parque de diversões, pois instalado a poucos metros de um posto de gasolina oferecia grave perigo a cidade.  Certamente nos arquivos do gabinete podem ser encontradas correspondências que alertavam também para este risco.

Mas, voltemos nossos corações para Maria, a Mãe que deseja que seus filhos se voltem para Deus, para as coisas do alto, para as coisas do coração. Maria está no coração de Deus, está no coração da Igreja, está no coração de todos nós, e nós generosamente devemos viver prestando atenção as coisas do coração e as coisas do alto.  Deixemos as posturas velhas para trás e os maus costumes e para frente vivamos como devotos verdadeiros do Divino.

Cehagada da Bandeira,

Poções, 10 de junho 2011

Pe. Estevam Santos
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