sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Crack está presente em mais de 90% do país e já supera o álcool em cidades pequenas; verba de saúde para essa tragédia é irrisória

Por: Veja A mais famosa "Cracolândia", no centro de São Paulo: metrópoles não são território exclusivo do crack há m... thumbnail 1 summary

Por: Veja

cracolândia-crack
A mais famosa "Cracolândia", no centro de São Paulo: metrópoles não são território exclusivo do crack há muito tempo (Foto: Nelson Antoine - Fotoarena)
Amigos do blog, quantas vezes vocês têm visto as mais altas autoridades da República abordar o problema, gravíssimo, como vocês verão abaixo, da disseminação do consumo do crack por todo o país?
Quais importantes discursos ou projetos no Congresso Nacional têm vindo à tona sobre a questão?
O que se prometeu (nada) na última campanha eleitoral para enfrentar esse mal terrível?
Enquanto vamos de queda de ministro em queda de ministro, enquanto a oposição se comporta como barata tonta, enquanto os diversos setores da sociedade não elegem o problema como prioridade a ser enfrentada e enquanto o uso do crack continua, burramente, a ser visto sobretudo como uma questão de polícia, e não de marginalização e de saúde, essa tragédia brasileira vai de mal a pior.
Leia no site de VEJA.
E também confira abaixo.
Da Agência Brasil
Pesquisa mostra que consumo de crack começa a substituir o de bebidas alcoólicas
Daniella Jinkings – Repórter da Agência Brasil
 
Brasília – A facilidade de acesso e o baixo custo do crack estão fazendo com que a droga se alastre pelo país. Uma pesquisa divulgada hoje (7) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que o crack está substituindo o álcool nos municípios de pequeno porte e áreas rurais. Nos grandes centros, uma pedra de crack custa menos de R$ 5.
Quase todo o país afetado
Dentre os 4,4 mil municípios pesquisados, 89,4% indicaram que enfrentam problemas com a circulação de drogas em seu território e 93,9% com o consumo. O uso de crack é algo comum em 90,7% dos municípios. “Verificamos que o uso de crack se alastrou por todas as camadas da sociedade, a droga que, em princípio, era consumida por pessoas de baixa renda, disseminou-se por todas as classes sociais”, aponta a pesquisa.
Investimento irrisório para um problema de saúde pública
Cracolândia-batida-policial
Batida policial na Cracolândia do centro de São Paulo: só tratar o problema como de segurança pública não resolve (Foto: Valéria Gonçalves - AE)
O custo efetivo das ações de combate ao crack e outras drogas nos municípios chega a mais de R$ 2,5 milhões. De acordo com o CNM, faltam profissionais capacitados e verbas destinadas para a manutenção das equipes e dos centros de atenção que deveriam estar disponíveis aos usuários.
O relatório mostra que 63,7% dos municípios enfrentam problemas na área da saúde devido à circulação da droga. A fragilidade da rede de atenção básica aos usuários, a falta de leitos para a internação, o espaço físico inadequado, a carência na disponibilidade de remédios e a ausência de profissionais especializados na área da dependência química são os principais entraves apontados pelos gestores municipais.
A questão da segurança pública
Em relação à segurança pública, os principais problemas estão relacionados ao aumento de furtos, roubos, violência, assassinatos e vandalismo. Existem ainda apontamentos em relação à falta de policiamento nas áreas que apresentam maior vulnerabilidade.
Outra questão revelada pela pesquisa é a fragilidade da rede de Proteção Social Especial e do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) que tem como objetivo trabalhar as demandas dos usuários de drogas. Estes serviços são deficitários em 44,6% dos municípios.
Controle fronteiriço deficitário
De acordo com a pesquisa, um dos grandes problemas é a falta de controle das fronteiras do país. “O efetivo policial é pequeno, mal remunerado e pouco treinado para enfrentar a dinâmica do tráfico de drogas.”
Outro fator relevante, segundo o CNM, é o papel que as indústrias produtoras de insumos utilizados para o preparo do crack desempenham. “A grande questão é a fiscalização da venda desses produtos, que atualmente é feita de maneira insuficiente.”
A primeira pesquisa da CNM, divulgada em dezembro do ano passado, mostrou que 98% dos municípios pesquisados confirmaram a presença do crack em sua região. Em abril, a confederação lançou o portal Observatório do Crack para acompanhar a situação dos municípios, com informações sobre o consumo, os investimentos e os resultados das ações de combate à droga.
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

Nenhum comentário

Postar um comentário