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Escrito por Fabio Agra | Ter, 22 de Março de 2011 00:15
Foi realizada nesta segunda-feira (21) na Câmara de Vereadores uma sessão especial sobre a Semana da Água, em que tratou das nascentes dos rios, em Poções, e sobre a Campanha da Fraternidade, que tem como tema A vida no planeta. Várias autoridades municipais e regionais estiveram presentes representando órgãos e instituições locais e do estado. A sessão foi composta pelo coordenador da Semana da Água, professor Sérgio Oliveira, pelo padre Estevam, representante da Igreja Católica, Luciano Santana, coordenador da Cáritas e da CF da arquidiocesana, Luis Lima, representante do Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ) e outras autoridades.Os dois temas apresentados durante a sessão, A vida no Planeta, através da CF 2011, e as nascentes dos rios, em Poções, foram expostos para que a comunidade, juntamente com o poder público, discuta e realize futuras ações que possam impedir a degradação ambiental, assim como viabilizar alternativas para a recuperação das nascentes dos rios.
O coordenador da CF 2011 da arquidiocese falou da necessidade de preservar o meio ambiente para que as futuras gerações também possam tê-la como fonte de vida, mas lembrou que “não podemos tratar das questões ambientais sem tratar dos valores humanos”.Após a Campanha da Fraternidade ter sido o primeiro tema a ser discutido. O vereador João Bonfim se mostrou preocupado pela falta de ações destinadas às questões ambientais. Segundo ele, em 2009 foram destinados R$ 70, 220,70 para a gestão ambiental, mas nenhuma verba foi aplicada com esse destino. Em 2010 R$ 44, 000,00 deveriam ser aplicados em reflorestamentos e construção de viveiros, mas nenhuma verba foi realmente destinada para esse fim. “Não há vontade política do poder executivo e legislativo para desenvolver políticas para conter a degradação das nascentes”, desabafou durante a sessão.
A luz no fim do túnel, e que pode servir como ponto de partida para a restauração das nascentes, está em um relatório realizado pelo engenheiro agronômico, Alan de Oliveira, em que faz um mapeamento das nascentes do Rio das Mulheres. De acordo com Luis Lima, representante do INGÁ, para restaurar 1 ha de mata ciliar, mata que fica às margens dos rios, o custo fica em torno de R$ 20,000,00, somente em áreas de Mata Atlântica. Ele recomenda garantir a conservação das áreas que restam e completa dizendo que “é melhor preservar do que restaurar”.Durante a sessão, o poema Vida e Morte de um Rio, que fala sobre a morte do Rio São José, que havia em Poções e se transformou em esgoto, foi lido pelo seu próprio autor, Chico Schettini. Em uma das estrofes o poema diz “O povo não ligou, também não ajudou. Hoje tudo acabou, que pena morreu, morreu, o Rio São José morreu”, sendo um alerta para que a sociedade não deixe acontecer o mesmo com as nascentes.
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