quinta-feira, 12 de maio de 2011

Brasil Sem Miséria atenderá 16,2 milhões de pessoas

Portal ANDI Dos brasileiros com 15 anos ou mais, que ganham até R$ 70 por mês e vivem na zona rural, 30,3% são analfabetos. Na área urban... thumbnail 1 summary
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Dos brasileiros com 15 anos ou mais, que ganham até R$ 70 por mês e vivem na zona rural, 30,3% são analfabetos. Na área urbana, esse índice é de 22%. Entre os extremamente pobres, 50,5% são mulheres e 70,8% se declararam pretas ou pardas
 
Os brasileiros com renda mensal de até R$ 70, o que corresponde a 16.267.197 pessoas, formam o público prioritário do Programa Brasil sem Miséria, que será lançado em breve pela presidenta Dilma Rousseff. A linha da extrema pobreza, anunciada no dia 3 de maio pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, tem como base os dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).


O plano, que envolve ações de transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva, abrangerá 8,6% da população brasileira. Essas pessoas vivem em 7% dos domicílios do País. O limite anunciado levou em conta o índice usado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o cumprimento das Metas do Milênio, que é de US$ 1,25 ao dia, a renda necessária para o consumo de alimentos, e a faixa de extrema pobreza usada pelo Bolsa Família, programa de transferência de renda do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).


“Esse público será o prioritário, dado seu nível de vulnerabilidade, de grande fragilidade, que justifica esse olhar especial”, explicou a ministra, que reafirmou o compromisso com a erradicação de extrema pobreza até 2014. “O plano é ousado e não envolve uma única ação, mas iniciativas de diversos setores.” Segundo ela, essa linha deverá ser reajustada ao longo do período, mas o índice será divulgado junto com o plano.

Crianças e jovens 


Para definir o público, o governo levou em conta, além da renda, aspectos como a infraestrutura das residências, o nível de escolaridade e a idade dos moradores. De acordo com os dados do IBGE, 46,7% dos extremamente pobres moram na zona rural. Dos brasileiros residentes no campo, um em cada quatro se encontra em extrema pobreza. Nordeste e Norte são as regiões com os maiores índices da população em situação de miséria: 18,1% e 16,8%, respectivamente. De cada cem brasileiros na extrema pobreza, 75 moram em uma dessas duas regiões.


Dos brasileiros com 15 anos ou mais, que ganham até R$ 70 por mês e vivem na zona rural, 30,3% são analfabetos. Na área urbana, esse índice é de 22%. Entre os extremamente pobres, 50,5% são mulheres e 70,8% se declararam pretas ou pardas. No conjunto da população indígena, 39,9% estão em situação de miséria. Os dados revelam ainda que quase a metade do público mais pobre residente na área rural não tem banheiro no domicílio.


“As informações apontam para a necessidade de políticas sociais voltadas para a população mais jovem”, destacou o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, levando em contaque a metade dos brasileiros mais pobres tem até 19 anos de idade. As crianças de até 14 anos representam quatro em cada dez pessoas em extrema pobreza no Brasil. A ministra Tereza Campello disse que, visando atender esse público, o governo concedeu, no mês passado, um reajuste diferenciado no Bolsa Família para os benefícios destinados às crianças e aos adolescentes.


Aqui, a ministra Tereza Campello explica a importância de atender a população que se enquadra nesse perfil.
Confira aqui os dados da extrema pobreza por estado Leia a nota técnica distribuída durante a coletiva Conheça os dados preliminares do Censo 2010 do IBGE

(Fonte: MDS)
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