Meu Irmão, Minha Irmã,
Algumas
pessoas se orgulham em dizer que votam nulo. Outras chegam até mesmo a
pregá-lo como solução para a atual situação política do país.
Que me
desculpem estas pessoas, mas não creio que este seja o caminho. Como
tenho dito sempre, abster-se da política por causa dos maus políticos é o
mesmo que dar o controle de uma empresa a um mau funcionário por não
mais suportá-lo, sendo você o dono.
Logo, o
ideal é aprender a votar, fazendo um passo a passo básico antes de
escolher o candidato: conhecer a história dele e da família; procurar
saber a conduta dele por onde passou e nos cargos que porventura tenha
ocupado; verificar se as informações fornecidas ao TSE condizem com a
verdade (tem candidato, por exemplo, que declara certo bem com valor
infinitamente inferior ao real, o que já é uma dica do que ele será lá
na frente); fazer-lhe diretamente perguntas que eventualmente queira,
por facebook, e-mail, twitter ou até pessoalmente, e por aí vai.
Votar
nulo ou branco, a meu ver, é ainda um ato de covardia, pois você
transfere para outro uma responsabilidade também sua. Como exigir ética
dos políticos se nem mesmo o seu voto reflete uma atitude ética, uma vez
que você joga para os outros a responsabilidade de decidir a vida do
país? Pense que este voto direto do qual você hoje se abstém só foi
reconquistado no Brasil há apenas 23 anos atrás, e com muito custo.
Acho graça
quando ouço alguém dizer, ao saber de um escândalo na política, “ainda
bem que eu não voto em ninguém”. Não vota, mas se esquece de que a sua
atitude é, na verdade uma grande facilitadora da vitória dos maus
políticos, uma vez que esta pessoa poderia usar o seu voto para eleger
bons políticos. E dizer que não há bons políticos é, no mínimo, falta de
conhecimento. Há poucos, mas há. Colocar todos os políticos na vala
comum da má política é ser covarde com a pequena parcela que ainda
resiste, apesar dos pesares. E você é levado a esta generalização
justamente para que não mais tenha vontade de participar da Política,
considerando-a uma coisa “suja” de todo.
Uma coisa eu te peço: não desacredite!
É isso o que eles querem: o nosso descrédito, pois assim eles “tomam”
tudo de uma vez, enquanto nós nos achamos espertos por não
participarmos. Enquanto você se resigna, outros vendem seus votos e
fazem da política brasileira esta coisa que está atualmente.
O voto nulo é
uma anulação de si próprio, de sua capacidade de decisão, de seu papel
ativo na vida política da nação, da qual tudo depende. Abster-se do voto
é submeter-se à vontade dos demais, cujas intenções nem sempre se
afinam à sua. O que muda uma nação não é o voto nulo, mas sim o voto consciente.
E o que
falta para que estes sejam a maioria? O povo escolher melhor os seus
candidatos. Dificilmente algum candidato probo em sua vida pregressa se
corromperá depois. Caso se corrompa, nenhum mandato é eterno. Basta não
reelegê-lo nas eleições posteriores. Para um político, pior do que ir
para a cadeia é não ser reeleito. Pense nisso!
Fica uma dica: ao invés de votar nulo, não vote em candidatos nulos
por não cumprirem o que prometeram, por votarem contra os interesses da
população em assuntos relevantes, por desperdiçarem o dinheiro público,
por não cumprirem como devem suas funções, por se envolverem em
corrupção, por abuso do poder econômico em campanhas eleitorais, por
declarações patrimoniais mentirosas ao TSE, e por aí vai.
Por fim, fica a dica: cuidado com determinadas “ondas”, pois você pode ser o primeiro a levar um “caixote”…
Fonte:washingtonreis.pro.br
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